🌎 OBRAS NA FACHADA DO CENTRO PORTUGUÊS DE FARMINGVILLE, NY TERMINARAM E SALDAM-SE EM CERCA DE $135 MIL

🖋Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

As obras na fachada do moderno Portuguese-American Center of Suffolk (PACS) de Farmingville, na região nova-iorquina de Long Island, estão terminadas e saldam-se em cerca de 135 mil dólares. A informação foi adiantada domingo último ao jornal LUSO-AMERICANO pelo presidente da direcção do Centro, o lisboeta Carlos Félix.

Com as obras, que arrancaram por volta de Maio do ano passado, a sede social do Centro passa a contar com uma nova valência: uma cobertura à entrada que facilitará o acesso ao salão nobre, sobretudo durante os largos meses do inverno.

“Era a cereja no topo do bolo que faltava à nossa linda sede”, admite o presidente Carlos Félix. “Devo dizer que todas as pessoas que estiveram envolvidas nas obras têm ligações afectivas ao Centro, como, aliás, todos nós”.

O sonho de acrescentar a cobertura à sede do PACS atravessou três presidências; o projecto foi aprovado durante a direcção de Jack Silva, em 2018, arrancou quando Maria Leontina Rodrigues ocupava o cargo e terminou com Carlos Félix à cabeça do Centro.

Com orçamento inicial de 100 mil dólares, as obras acabaram por custar “de 125 a 135 mil dólares”, avança Carlos Félix.

O actual presidente, apesar de alfacinha de gema, foi criado em Antas, Alenquer, e emigrou com 16 anos para os EUA. Antes de subir a presidente, ocupou os cargos de vice-presidente e vogal do Conselho Fiscal.

Fernando Trindade e Adelino Moreira, da comissão de obras do PCS em frente à nova fachada

O PACS foi criado no início da década de 80 do século passado por um grupo de imigrantes interessados na prática do futebol; mais tarde, a compra do terreno com 4 hectares que alberga a sede de hoje iria acelerar o movimento para a criação da actual colectividade, uma das de peso maior no ‘Estado Império’.

As diversas fases do projecto da construção da cobertura à entrada foram aprovadas em assembleia geral; a comissão de obras inclui Ludovino Correia, Adelino Moreira, Francisco Pinheiro, Fernando Trindade e Jack Silva.

Quando a COVID-19 explodiu, “a estrutura da cobertura já estava feita; a partir daí, o nosso associado e vice-presidente Adelino Moreira esteve três meses em trabalho permanente, dia após dia, para a sua finalização. Excepto a estrutura e a instalação eléctrica, saiu tudo do suor do seu trabalho – incluindo a pintura. E não levou um centavo ao Centro”.

Carlos Félix reconhece que a COVID-19 provocou prejuízos ao Centro “na ordem dos muitos, muitos milhares de dólares. Nós tínhamos o salão desta casa alugado praticamente para todos os fins de semana”, conta. “Acabámos por ser obrigados a estar fechados cerca de 4 meses, para protecção de todos. É claro que, quando começámos as obras, não fazíamos ideia que uma pandemia global iria paralisar o país e o mundo”.

O presidente da direcção do Centro, Carlos Félix, em frente à sede

Adianta o presidente: “É muito difícil manter uma associação desta dimensão sem rendimentos. Por vezes as pessoas esquecem-se que temos uma casa linda, mas que com essa beleza vêm as despesas e as obrigações financeiras, que neste Centro são muito elevadas”.

Com cerca de 500 associados, o PACS não pôde, segundo Félix, recorrer a nenhum fundo de apoio estatal no âmbito do novo coronavírus.

“O sucesso deste Centro não é ditado pelo presidente nem por ninguém em particular, mas pelo conjunto das pessoas que trabalham por ele”, faz questão de dizer, a finalizar.

Para a realização das obras, contribuíram as seguintes empresas e entidades: Sunshine of East Coast Inc. (Ludovino Correia); L&D Masonry Corp. (Paulo Dias); Farmingville Masonry & Concrete Supply Inc. (Tony Melo); Silva Excavating Corp. (José Silva); United LJC Corp. (Luís Antunes) e Wayside  Concrete Corp. (Luís Portal e José M. Rodrigues).

O PACS agradece ainda a todas as pessoas e organismos que contribuíram com donativos.