1.ª ADIDA PARA A SEGURANÇA SOCIAL NOS EUA JÁ ESTÁ EM FUNÇÕES E TEM LAÇOS DE FAMÍLIA COM A COMUNIDADE

Por HENRIQUE MANO | News Editor

Já está em funções a primeira adida para a área da Segurança Social (S.S.) colocada pelo estado português nos Estados Unidos. Tal como o jornal LUSO-AMERICANO já noticiara, Ana Relvas está colocada junto do Consulado-Geral em Newark, NJ, com jurisdição federal.

Relvas pertence aos quadros do Instituto da Segurança Social, tutelada pelo Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da S.S., e a sua colocação nos Estados Unidos acontece na sequência de uma visita este ano da ministra Ana Mendes Godinho à área consular de New Jersey/Nova Iorque – “que apadrinhou o projecto”, nota a adida, falando ao jornal LUSO-AMERICANO na sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | A adida para a Segurança Social Ana Relvas está afecta ao Consulado-Geral de Portugal em Newark, NJ mas com jurisdição federal

Nesta fase de arranque, “já fiz um levantamento do terreno sobre a comunidade, onde é que ela incide, em que estados temos mais portugueses ou luso-descendentes”, diz Ana Relvas. “Há aqui um trabalho prévio que esta função exige. Ou seja, cada adido colocado num determinado país faz este levantamento para saber mais ou menos qual seria a sua área de actuação”.

Para si, “conhecer a comunidade é fundamental, porque é através do conhecimento dela que nós também poderemos ter uma resposta direccionada e satisfazer as necessidades que elas têm porque há expectativas – existindo aqui um elemento destacado da S.S., que sejam céleres e que as pessoas desejam ver resolvidas”.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | A adida para a Segurança Social Ana Relvas está afecta ao Consulado-Geral de Portugal em Newark, NJ mas com jurisdição federal

Ciente da vasta dimensão continental dos EUA, Ana Relvas, sem menosprezar o carácter de “proximidade” que quer assumir como postura daqui em diante, lembra: “nós temos aqui um grande parceiro, as novas tecnologias, que nos permitem também fazer um atendimento de proximidade não-física mas através de vídeo-conferências ou webinários de temáticas que sejam necessárias clarificar”.

Avança ainda: “mas também está previsto, e consoante as necessidades e a dimensão do país, a deslocação às comunidades”.

Natural de Lisboa, a nova adida reconhece que o facto de ter laços de família com a emigração na América “faz toda a diferença – por uma razão: às vezes há uma visão não-real da pessoa que emigrou e, como eu tenho familiares que já vai na 4.ª geração e que residem em Newark, tenho a sensibilidade e o conhecimento da sua própria evolução, de quanto é que trabalharam, de quanto é que evoluíram e da sua própria integração na sociedade americana. Vieram também à procura de melhores condições de vida”.

Ana Relvas reconhece mesmo haver “um compromisso pessoal para com a comunidade porque a conheço através dos meus laços familiares e sei pelo que passaram, pelos sacrifícios que também tiveram de fazer, pelo compromisso que tiveram com o país. E tenho aqui uma carga elevada porque são expectativas familiares, pessoais e profissionais”.