13 tiroteiros em massa no fim-de-semana

Dois novos tiroteios em massa nos Estados Unidos fizeram, na madrugada de domingo, um total de seis mortos e pelo menos 25 feridos.

As cidades de Filadélfia, na Pensilvânia, e de Chatta-nooga, no Tennessee, foram os palcos dos mais recentes actos de violência armada no país, semanas após os massacres da escola de Uvalde, no Texas, e do supermercado de Buffalo, em Nova Iorque, que causaram dezenas de mortes e relançaram o velho debate em torno do controlo de armas nos Estados Unidos.

Em Filadélfia, vários indivíduos armados envolveram-se numa troca de tiros por volta da meia-noite na South Street, uma área muito frequentada de bares e restaurantes.

Dois homens e uma mulher, com 22, 27 e 34 anos de idade, morreram no tiroteio. Centenas de pessoas estavam no local naquele momento, e os feridos têm entre 17 e 69 anos. Não foram feitas detenções e as autoridades desconhecem o paradeiro dos atiradores, mas foram recuperadas duas armas. Jim Kenney, o presidente da Câmara de Filadélfia, qualificou o tiroteio como um acto “horrível, condenável e sem sentido”.

Mais a Sul, em Chattanooga, num incidente sem relação com o primeiro, outras três pessoas morreram na sequência de um tiroteio perto de um bar. A polícia local considera que se tratou de um acto isolado e afirma que não existe uma ameaça mais vasta para a população.

Desde o início do ano, registaram-se pelo menos 240 tiroteios em massa nos Estados Unidos, de acordo com o projecto não-governamental Gun Violence Archive, que define tiroteio em massa como um incidente em que pelo menos quatro pessoas são baleadas, sem contar com o atirador.

Na quinta-feira, o Presidente Joe Biden apelou ao Congresso para proibir a venda de armas de assalto, implementar um sistema alargado de verificação de antecedentes no momento da compra de armas, e introduzir outras medidas para pôr termo à repetição de massacres no país.

Uma vasta maioria do eleitorado norte-americano, tanto republicano como democrata, é favorável à aprovação de mais restrições ao acesso a armas, mas o Partido Republicano e alguns elementos do Partido Democrata têm bloqueado qualquer legislação nesse sentido no Congresso.