2.8 milhões para restaurar a escuna “Ernestina”

ERNESTINA

Dois filantropos americanos adiantaram 2,8 milhões de dólares para restaurar completamente a histórica escuna Ernestina que pertence ao Departamento de Conservação e Recreação de Massachusetts e já esteve historicamente ligada a Portugal por ter transportado imigrantes de Cabo verde para os Estados Unidos.

Os filantropos são Gerry Lenfest, proprietário do jornal Philadelphia Inquirer, que ofereceu 1,8 milhões, e Robert J. Hildreth, um filantropo de Boston, que contribui com 1 milhão.

O anúncio oficial será feito em breve e a doação privada vai ajudar o estado a reduzir substancialmente a sua responsabilidade de 5.9 milhões para recuperar a escuna. A restauração vai demorar entre dois e três anos e vai ajudar a escuna a voltar a navegar e a retomar os seus programas de visitas, de formação de vela e educação.

Hildreth, que é vice-presidente da escuna Ernestina-Morrissey Association, disse que o estado está em conversações com o Massachusetts Maritime Academy em Buzzards Bay para ser a casa da Ernestina, e para a usar como ferramenta de ensino, até mesmo como dormitório.

O Ernestina foi lançada ao mar em Essex, em 1894 e atraiu muita atenção durante a recente visita a New Bedford do baleeiro restaurado Charles W. Morgan.

Cerca de 1.600 pessoas que foram ver o Morgan também visitaram a Ernestina.

Os defensores do restauro da Ernestina acreditam que o compromisso do governador Deval Patrick de serem gastos 2,5 milhões dólares com a escuna “foi o catalisador” para trazer doações privadas, sem os quais o projecto não seria possível.

O Ernestina é uma embarcação oficial da Commonwealth of Massachusetts e já serviu como barco de pesca nos Grand Banks, de explorador do Ártico e também já transportou imigrantes de Cabo Verde para os Estados Unidos.