85 milhões de americanos viajam este Natal e Ano Novo não obstante o aumento de casos de coronavírus

Espera-se que mais de 84,5 milhões de americanos viajem nesta época de férias, apesar das restrições e orientações da COVID-19. Mas as viagens não essenciais podem significar um novo aumento de casos uma vez que infecções e hospitalizações do Dia de Acção de Graças ainda aumentam em todo o país.

“As viagens podem aumentar a oportunidade de propagação e obtenção de COVID-19”, refere o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças em comunicado actualizado quarta-feira. “O CDC continua a recomendar o adiamento das viagens e ficar em casa, pois esta é a melhor maneira de se prote- ger a si e aos outros este ano.”

Os EUA ultrapassaram os 17 milhões de casos confirmados de COVID-19 desde o início da pandemia com uma onda que as autoridades de saúde pública ligaram directamente às viagens do Dia de Acção de Graças, em que mais de 50 milhões de americanos deixaram as suas casas menos 34,5 milhões do que se prevê viajar neste inverno.

A agência ofereceu uma lista de perguntas que os americanos devem considerar antes de viajar: Alguém com quem viaja tem um risco acrescido de COVID- 19? Os casos estão a aumentar na área onde está a decorrer a reunião? Os hospitais estão lá sobrecarregados? O seu destino tem restrições para viajantes? As pessoas que está a visitar tiveram contacto próximo com os outros? Vai viajar de autocarro, comboio ou avião, o que dificultaria o distanciamento social?

Se a resposta a qualquer uma delas for sim – o que para a maioria dos americanos, é – o CDC recomenda ficar em casa.

O governo e as autoridades de saúde alertam os residentes que o número de férias em tão pouco tempo pode representar um risco maior do que o Dia de Acção de Graças.

“Você passa pelo Natal e Hanukkah, passa a semana entre o Natal e o Ano Novo, e depois tem outra celebração no Ano Novo”, disse o Dr. Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas do país, durante uma cimeira sobre saúde na segunda-feira. “Isso prolonga o período vulnerável duas ou três vezes mais do que se faz no Dia de Acção de Graças.”

Na Califórnia, onde a capacidade da unidade de cuidados intensivos rema- nescente é inferior a 13% em todas as regiões, o director de saúde pública de São Francisco, ligou o aumento significativo dos casos do COVID-19 directamente às viagens de Acção de Graças, instando os residentes a ficarem em casa.

“Um aumento durante este próximo período de férias pode levar-nos a uma situação verdadeiramente catastrófica”, disse Colfax. “Não podemos permitir um novo aumento de casos.”