9/11: Pentágono confirma que ‘engenheiro’ do ataque escapou à pena de morte

O Departamento de Defesa confirmou, esta quinta-feira, que o mentor responsável pelo 11 de Setembro e dois cúmplices concordaram em declarar-se culpados dos crimes de que são acusados em troca de uma pena mais leve. A notícia foi avançada pelo New York Times, que escreveu que este acordo tinha sido selado entre os EUA e os detidos.

Khalid Sheikh Mohammed, o mentor, Walid Muhammad Salih Mubarak Bin Attash e Mustafa Ahmed Adam al-Hawsawi, aguardavam há anos pelo julgamento na prisão militar de Guantánamo.

Os detalhes oficiais deste acordo ainda não foram oficialmente revelados, mas a imprensa explica que, em troca da admissão de culpa pela morte de quase três mil pessoas, os três vão ser condenados à pena perpétua a invés de serem condenados à pena de morte.

Segundo um comunicado 9/11 Justice enviado à BBC, organização que representa os sobreviventes e familiares das vítimas, as famílias estão “profundamente perturbadas com estes acordos judiciais”.

“Foi um murro no estômago saber que houve um acordo que está a dar aos detidos o que eles querem”, explicou Terry Strada, que perdeu o marido nos ataques, à BBC. “É uma vitória para Khalid Sheikh Mohammad e para os outros dois, é uma vitória para eles”, acrescentou.

O caso esteve à espera de ser julgado mais de uma década porque houve dúvidas se a tortura a que os homens foram sujeitos teriam adulterado os seus testemunhos sobre o caso.