Contratualização do mapa de ruído na origem das buscas à Câmara Municipal de Setúbal
As buscas realizadas esta semana na Câmara de Setúbal estão relacionadas com o processo de elaboração e adjudicação do mapa de ruído, quando o município era presidido por Maria das Dores Meira (CDU), revelou à Lusa fonte ligada ao processo.
Segundo a mesma fonte, na origem das buscas realizadas manhã de segunda-feira pela Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, nos Paços do Concelho do município sadino, está a suspeita de eventuais crimes de corrupção e de participação em negócio na elaboração do mapa de ruído da cidade, cujo processo começou em 2011, e que terá sido adjudicado em 2021, não por concurso público, mas por ajuste direto.
Em declarações à agência Lusa pouco depois de terminarem as operações de busca, cerca das 12:45, o director da PJ de Setúbal, João Bugia, disse que tinham sido apreendidos vários documentos, mas que não tinham sido constituídos arguidos no âmbito do processo.
As alegadas ilegalidades sob investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Setúbal remontam a anteriores mandatos da maioria CDU na autarquia sadina, então sob a presidência de Maria das Dores Meira, atual vereadora da CDU na Câmara Municipal de Almada.
Em comunicado divulgado ao final da manhã, a Câmara de Setúbal, agora presidida por André Martins (CDU), confirmou que os seus serviços foram alvo de buscas pela PJ “em processos relacionados com contratação pública na área do urbanismo”.
“A Câmara Municipal está a dar toda a colaboração à PJ e dará todos os esclarecimentos necessários solicitados pelas autoridades competentes”, acrescenta a autarquia setubalense.