Elizabeth: Festa da Matança do Porco na sede do PISC foi marcada por êxito
No sábado (4), o salão principal do Portuguese Instructive Social Club (PISC), em Elizabeth, NJ, esgotou sua lotação durante a tradicional celebração lusitana da “Matança do Porco”. O cardápio teve como inspiração pratos à base de derivados de porco, além de outras especialidades da culinária portuguesa, como Cozido à Portuguesa, sopa, peito de galinha, bifana, entre outras delícias.
A animação ficou por conta de Tony Campos, que fez com que a pista de dança ficasse sempre cheia.
Durante a festa, sócios, visitantes e amigos confraternizaram e saborearam a comida deliciosa, que todos os anos por esta altura é levada a efeito, inclusive na diáspora.
Conforme dita a tradição, a matança do porco pode ir até inícios de Fevereiro, pois começa a Dezembro, beneficiando-se do tempo mais frio e a constituir, na grande parte das aldeias portuguesas, uma das mais tradicionais celebrações familiares rurais.
. Tradição lusitana:
Ocasião festiva e acontecimento que se reveste de particular importância do ponto de vista económico, uma vez que as carnes, os enchidos, o toucinho e a banha representam alimentos fundamentais da família ao longo do ano. A matança do porco encontra-se associada a algumas praxes e rituais mantidos até hoje no seio da comunidade rural.
A criação e matança do porco, não tem hoje a importância que assumia até aos princípios dos anos 70, em resultado, principalmente, da mudança de hábitos alimentares que a electrificação rural permitiu. Hoje em dia, raras são as casas que não disponham de um frigorífico ou de uma arca congeladora o que possibilita uma variedade alimentar antes impossível.
. Mudanças sociais:
Também o fluxo migratório para os grandes centros urbanos na década de 60, além de provocar o despovoamento quase total de muitas aldeias, onde só ficaram idosos, mulheres e crianças, trouxe, também, o contacto com hábitos alimentares e culturais diferentes que se repercutiram no sistema alimentar vigente.
. Competição:
Há séculos, a carne de porco assumiu importância fundamental na economia familiar e funcionou como bitola na definição de um certo estatuto de abastança. Esse questão social resultou numa espécie de competição, alimentada por uma surda rivalidade, tentando, cada morador, matar o porco mais pesado de cada aldeia.