CANTORA MÓNICA PAULA ASSINALA 40 ANOS DE CARREIRA COM NOVO TEMA MUSICAL
Por HENRIQUE MANO | New Jersey
Intitula-se “Foi Magia” e tem música e letra da autora e orquestração do maestro Tony Cirne o mais novo trabalho discográfico da intérprete Mónica Paula, de New Jersey. De acordo com a artista, o tema surge precisamente “de um amor que nasce como se fosse magia” e ensina-nos que “devemos viver os momentos”.
Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | A intérprete Mónica Paula fotografada num parque em New Jersey
A faixa, com três minutos, está já disponível na conta de Youtube de Mónica Paula.
Para compôr e escrever letras para as suas canções, Mónica Paula inspira-se “na vida e, por vezes, nas coisas do amor que se passam ou comigo, ou com pessoas que conheço e que, depois, romantizo” – explica.
Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Mónica Paula: 40 anos de carreira, entre Portugal e os Estados Unidos
O novo ‘single’ surge numa altura em que Mónica Paula regista 40 anos de vida artística, um caminho feito entre Portugal e os Estados Unidos da América que faz da cançonetista natural de Santa Comba Dão um dos nomes da música mais activos nas comunidades.
Filha de pai natural de Molelos e de mãe tondelense, Mónica Paula viveu um pouco à mercê da ocupação do pai, “que construía estradas e lá íamos nós pelo país a acompanhar as obras”, conta, na entrevista que concedeu ao jornal LUSO-AMERICANO.
Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | ‘Foi Magia’ é o título da nova faixa que Mónica Paula gravou
Fez a escola em Marinha Grande e, aos 14 anos, conheceu o acordeonista Isidro Baptista, que lhe abriria as portas para o mundo do espectáculo. “Eu já tinha uma inclinação para a vida artística e na escola já cantava”, nota, “mas nano fazia ideia de como começar carreira”.
Apesar de ter ficado em 2.º lugar num concurso de talentos no Porto, o pai opunha-se a que fosse cantora, pelo que optou por ir viver para Lisboa, onde tudo acontecia. Não tardava muito e estava na editora “Orfeu”, que a pôs a cantar nas rádios.
“Começaram a surgir oportunidades para cantar nos Estados Unidos, Canadá, França, Venezuela”, diz. “Fomos para todo o mundo, eu e o Isidro Baptista, como dupla artística”.
Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Mónica Paula, uma voz da diáspora
A parceria duraria perto de 17 anos, com a dupla a gravar discos para as editoras “Orfeu”, “Alvorada” e “Valentim de Carvalho”. Em 1987, “resolvi abrir asas e vim sozinha para os EUA”.
Na América casa-se e tem um filho, o que a leva a tornar-se ajudante de enfermeira. “Nessa altura, o meu filho era a minha prioridade”, refere. Só depois de o filho ter terminado o liceu, é que voltou a levar a sério o universo da música. Em 2014, por exemplo, grava o single “Festa do Pontapé”, inspirada no Mundial de Futebol.
A viver em Elizabeth, Mónica Paula diz não se arrepender de nada “a nível de carreira, porque deu o meu melhor. Investi dez anos de carreira para educar o meu filho, o que me deixa muito orgulhosa como mãe”.