Putin envia condolências a próximos de Prigozhin e promete inquérito “até ao fim”
O Presidente russo, Vladimir Putin, enviou na quinta-feira (24) condolências às pessoas próximas do líder do grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, e dos outros nove ocupantes do avião que caiu na quarta-feira (23) na Rússia, e prometeu um inquérito “até ao fim”.
Na sua primeira reação após a queda do jato privado que fazia a ligação entre Moscovo e São Petersburgo, Putin referiu-se a Prigozhin, em declarações proferidas no Kremlin transmitidas por emissoras de televisão russas, como um homem “talentoso” e “com um destino complicado, que cometeu erros graves na vida, mas que obteve os resultados que precisava”.
No acidente, morreram outras nove pessoas, entre as quais três tripulantes e Dmitry Utkin, um dos fundadores do grupo Wagner e ex-oficial das forças especiais russas, e outros membros da cúpula da empresa militar, aos quais Putin dirigiu elogios pela sua “contribui- ção significativa” na guerra na Ucrânia.
A morte inesperada de Prigozhin poucos meses depois que ele liderou uma revolta contra a guerra entre a Rússia e Ucrânia levantou suspeitas sobre a possibilidade do envolvimento de Putin no “acidente” aéreo. O avião que transportava Prigozhin e alguns companheiros foi construído pela companhia brasileira Embraer, cujo modelo “Legacy” não possui histórico de muitos acidentes.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, relatou ter visto os registos do acidente.
“Se for confirmada (a morte de Prigozhin), não seria surpresa para ninguém”, disse ela. “A desastrosa guerra da Ucrânia levou um exército privado a marchar rumo a Moscovo e agora, aparentemente, isso”.
Havia dez pessoas a bordo da aeronave, incluindo três tripulantes. Segundo as primeiras informações, todas as pessoas a bordo morreram, informou a pasta. Prigozhin estava na lista de passageiros. O acidente ocorreu nas imediações de Kuzhenkino, na região de Tver.