Prioridade é “gestão dos cadáveres” na Líbia, dizem Médicos Sem Fronteiras
O chefe-adjunto dos programas dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) para a Líbia afirmou que, face à esca- la do desastre humanitário provocado pelas cheias em território líbio, a grande prioridade é gerir a questão dos milhares de cadáveres.
“A primeira necessidade é a gestão dos cadáveres (para evitar epidemias). Há uma grande necessidade de sacos para cadáveres mas também de cuidar dos feridos”, disse Matthieu Chantrelle num comunicado dos MSF emitido a partir de Tobruk, 160 quilómetros a leste de Derna, a cidade mais afetada pelas cheias, 1.260 quilómetros também a leste de Tripoli.
Os MSF, acrescentou Chantrelle, estão a manter um “contacto permanente” com o Crescente Vermelho líbio, a principal entidade de assistência humanitária de momento em Derna, e tencionam seguir para esta cidade a fim de entregarem ajuda humanitária, entre 400 sacos para cadáveres e 450 ‘kits’ médicos para tratamento de pessoas feridas, além de prestarem cuidados médicos.