Aprovada abertura formal de inquérito de impeachment a Biden

A Câmara dos Representantes, com a maioria republicana, aprovou na passada quarta-feira a abertura formal de um inquérito de destituição do Presidente Biden.

A investigação já tinha sido aberta em Setembro, pelo então presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, mas só agora a oposição republicana deu a sua validação numa sessão plenária – por 221 votos a favor e 212 contra – esperando que essa oficialização facilite o seu acesso a informações, documentos e depoimentos.

“A Casa Branca está a bloquear testemunhos importantes”, criticou o presidente da Comissão de Supervisão da Câmara dos Representantes, James Comer, um dos três congressistas que lideram esta investigação e qualificou-a como “importante e necessária”.

O actual presidente da câmara baixa do Congresso, Mike Johnson, havia justificado a decisão dos republicanos de proceder á votação com a recusa da Casa Branca aos seus pedidos de obter mais informações.

Apesar de nos últimos meses vários republicanos terem manifestado publicamente dúvidas em relação a esta investigação, a oposição conseguiu fazer aprovar o inquérito.

Biden é acusado de ter usado a sua influência ao longo da sua carreira política para favorecer os negócios no exterior dos seus familiares, especialmente do seu filho Hunter Biden.
Embora a investigação tenha levado a questões éticas, não surgiram provas de que Biden tenha agido de forma corrupta ou aceitando subornos no seu actual cargo, ou no cargo anterior como vice-presidente.

Ao autorizar o inquérito, os republicanos garantem que a investigação de ‘impeachment’ se entenda até 2024, quando Biden concorrerá à reeleição, havendo uma grande probabilidade de voltar a enfrentar o ex-presidente Trump, também ele alvo de dois processos de destituição durante o seu período na Casa Branca.