Orçamento de Defesa é aprovado pelo Congresso sem exigências conservadoras
A Câmara dos Representantes aprovou na quinta-feira um orçamento de Defesa de 886 mil milhões de dólares, sem as reivindicações dos republicanos radicais contra o aborto e direitos LGBT, mas prevendo uma ajuda à Ucrânia.
A chamada “Lei de Autorização de Defesa Nacional”, num valor equivalente de 805,8 mil milhões de euros – que se aplica ao actual ano fiscal, que começou no dia 1 de Outubro -, foi aprovada com 310 votos a favor e 118 contra e prevê um aumento salarial (ceca de 5,2%) para os militares e uma nova ajuda à Ucrânia de 800 milhões de dólares.
O orçamento do Pentágono para 2024 já recebeu luz verde do Senado na quarta-feira, pelo que só precisa de ser aprovado pelo Presidente, para entrar em vigor.
O texto representa um aumento de 28 mil milhões de dólares no orçamento das Forças Armadas do país.
A iniciativa foi aprovada após meses de intensas negociações entre democratas e republicanos. A ala mais radical do partido republicano exigia a inclusão de alterações para proibir o Pentágono de subsidiar viagens a militares que procuravam abortar em estados onde esta prática é permitida ou para se submeterem a tratamentos de redesignação de género.
O orçamento inclui o financiamento necessário para os diferentes programas do Pentágono, entre eles, inclui 11,5 mil milhões de dólares para combater a influência de Pequim no Mar da China Meridional.
No entanto, a maior parte da ajuda militar a Kiev continua travada no Congresso, onde os republicanos bloquearam um pacote orçamental de emergência, enviado por Biden, no valor de 106 mil milhões de dólares (61 mil milhões seriam destinados à Ucrânia, e 15 mil milhões a Israel). Em troca estes exigem a aplicação de uma nova e mais restrita política de imigração.