LIGA DOS CAMPEÕES: ‘Dragões’ cirúrgicos vencem e estão nos ‘oitavos’

Uma noite cirúrgica na finalização permitiu quarta-feira ao FC Porto superiorizar-se na recepção ao Shakhtar Donetsk (5-3), da sexta e derradeira jornada do Grupo H da Liga dos Campeões de futebol, acedendo pela 14.ª vez aos oitavos de final.

No Estádio do Dragão, no Porto, os vice-campeões nacionais beneficiaram dos golos do luso-brasileiro Galeno (09 e 43 minutos), que já tinha ‘bisado’ no primeiro embate com os ucranianos, do iraniano Mehdi Taremi (62), de Pepe (75) e de Francisco Conceição (82).

Danylo Sikan (29 minutos), o canadiano Stephen Eustáquio (72), na própria baliza, e o brasileiro Eguinaldo (88) atenuaram o resultado para o Shakhtar, cuja continuidade em prova dependeria de um êxito, ao contrário dos ‘dragões’, aos quais bastava um empate.

O FC Porto ficou na segunda posição da ‘poule’, com os mesmos 12 pontos do líder FC Barcelona, mas em desvantagem no confronto directo, terminando à frente do campeão ucraniano, terceiro colocado, com nove, e relegado para o ‘playoff’ da Liga Europa, e dos belgas do Antuérpia, últimos, com três, após baterem à mesma hora os espanhóis (3-2).

Vencedores da competição em 1986/87 e 2003/04, os ‘dragões’ garantiram um ‘encaixe’ adicional de 12,4 milhões de euros (ME), num total de 62,591 ME, e surgem nos ‘oitavos’ pela quinta ocasião com Sérgio Conceição, após 2017/18, 2018/19, 2020/21 e 20-22/23.

Em contraste com o campeão português Benfica e o Sporting de Braga, que ‘caíram’ na terça-feira na Liga Europa, o FC Porto será o único representante nacional no sorteio da próxima fase da Liga dos Campeões, agendado para segunda-feira, em Nyon, na Suíça.

No 350.º jogo à frente dos ‘dragões’, e 50.º na principal prova europeia de clubes, Sérgio Conceição modificou três titulares em relação ao êxito caseiro sobre o Casa Pia (3-1), da 13.ª ronda da I Liga portuguesa, ao apostar de início em Fábio Cardoso, Zaidu e Galeno.

No final do jogo, Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, afirmou: “Alcançámos um primeiro objectivo na melhor prova de clubes do mundo e fizemos por merecer estar de novo nos oitavos de final. É de louvar o trabalho dos jogadores, seja na preparação dos encontros ou na maneira como absorveram a mensagem. Os pormenores fazem diferença nesta e em todas as provas.”

“Existiram momentos em que fomos competentes em organização defensiva. Aliás, o golo [sofrido] no qual não fomos tão competentes foi quando tínhamos a bola e houve um erro individual. Nos outros dois, um penso que é falta e o primeiro foi caricato. Os jogadores pararam quando o [árbitro] assistente levanta a bandeirola e sucedeu o golo do empate”, disse ainda.