Irão: Explosões matam cerca 80 pessoas perto do túmulo de general morto pelos EUA e aumentam a tensão no Médio Oriente
Horas depois do ataque em Beirute, uma dupla explosão perto do túmulo de Qassem Soleimani, o general iraniano morto em 2020 num ataque com drone (levado a cabo pelos EUA), matou pelo menos 84 pessoas. As duas explosões ocorreram com 20 minutos de intervalo quando a multidão comemorava o aniversário da sua morte. O ministro do Interior iraniano, Ahmad Vahidi, disse que a maioria das vítimas morreu na segunda explosão e prometeu uma reação “rápida e vigorosamente” aos atentados.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que os autores vão ser identificados e punidos, no entanto, não há dúvidas que foi “patrocinada pela América”.
Os EUA foram rápidos a negar qualquer envolvimento e declararam que nenhum país tem “interesse numa escalada” na região.
Entretanto, e para engano do presidente iraniano, o atentado foi reivindicado na quinta-feira (um dia após do ocorrido) pelo Estado Islâmico.
Num comunicado divulgado através dos seus canais na rede social ‘Telegram’, o Daesh referiu que dois dos seus membros “dirigiram-se para uma grande concentração“ de pessoas junto ao túmulo e “fizeram detonar os cintos com explosivos”.
Foram identificados como Omar al-Mowhid e Saifallah al-Mujaahid.
Segundo dados oficiais foram registados 284 feridos, alguns deles em estado grave e ainda hospitalizados, pelo que o número de vítimas mortais ainda podem vir a aumentar nos próximos dias.
O atentado foi o mais mortífero no Irão desde 1978, quando um fogo posto matou pelo menos 377 pessoas num cinema.