Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência após matança em Gaza
O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se quinta-feira de emergência, a portas fechadas, para discutir o recente incidente durante uma distribuição de alimentos na Faixa de Gaza, em que morreram mais de 100 civis; o incidente foi lamentado pelos Estados Unidos, vários países europeus, árabes e pela própria ONU.
O Conselho de Segurança Nacional dos EUA qualificou o ocorrido como um “grave incidente”, quando “palestinianos inocentes apenas tentavam alimentar as suas famílias”, e Biden, afirmou não ter detalhes.
O porta-voz do Conselho de Segurança dos EUA afirmou que a matança “sublinha a importância de aumentar e manter o fluxo de ajuda humanitária, inclusive através de um possível cessar-fogo temporário”.
“Continuamos a trabalhar dia e noite para alcançar esse fim”, acrescentou.
O subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários alertou que “a vida está a deixar Gaza a um ritmo aterrador”, reagindo às muitas mortes registadas.
“Mesmo após quase cinco meses de hostilidades brutais, Gaza ainda tem a capacidade de nos chocar”, adiantou.
O Governo palestiniano tinha já acusado Israel pelo “massacre atroz” de civis.
Horas antes, as autoridades de Gaza indicaram que o “horrível massacre” na Cidade de Gaza, que causou mais de 100 mortos e 750 feridos, ocorreu “no contexto do genocídio e da limpeza étnica contra a população de Gaza”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito afirmou, que o “ataque contra cidadãos pacíficos que corriam para conseguir a sua parte de ajuda humanitária é um crime vergonhoso, uma violação flagrante das disposições do direito internacional e um desrespeito pelo valor do ser humano”.
O organismo instou a comunidade internacional e o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que “assumam a responsabilidade moral, humanitária e jurídica para deter a guerra israelita contra a Faixa de Gaza”.
O Conselho de Segurança reuniu-se para debater a situação, a pedido da Argélia.