GOVERNO: Luís Montenegro indigitado primeiro-ministro
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitou quarta-feira Luís Montenegro como primeiro-ministro, durante uma audiência com o presidente do PSD, já depois da meia-noite.
“Tendo o Presidente da República procedido à audição dos partidos e coligações de partidos que se apresentaram às eleições de 10 de Março para a Assembleia da República e obtiveram mandatos de deputados, tendo a Aliança Democrática vencido as eleições em mandatos e em votos, e tendo o Secretário-Geral do Partido Socialista reconhecido e confirmado que seria líder da Oposição, o Presidente da República decidiu indigitar o Dr. Luís Montenegro como Primeiro-Ministro”, justifica o chefe de Estado, numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
À saída do encontro com o Presidente, o primeiro-ministro indigitado anunciou que apresentará ao Presidente da República a composição do XXIV Governo no dia 28 de Março e que acertaram a data da tomada de posse para 2 de Abril.
Marcelo Rebelo de Sousa tinha indicado que só indigitaria o novo primeiro-ministro “depois de conhecidos os resultados dos círculos das comunidades portugueses no estrangeiro”.
De acordo com os resultados publicados também já depois da meia-noite no site da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, as duas coligações lideradas pelo PSD (AD e Madeira Primeiro) conseguiram, no total, 80 deputados (78 do PSD, dois do CDS-PP), o PS 78 e o Chega 50.
Chega elege dois deputados na emigração
Dois deputados “pesos pesados” da emigração e dois estreantes vão assumir na nova legislatura pelos círculos da Europa e Fora da Europa, numa estreia do Chega que afastou o veterano Augusto Santos Silva do Parlamento.
A contagem dos votos dos emigrantes nas eleições de 10 de Março acabou por corroborar o crescimento do Chega no Parlamento, com o círculo pela Europa a inaugurar as surpresas, uma vez que foi o primeiro a estar fechado.
Com 42.975 votos, o Chega foi o vencedor pela Europa, elegendo José Dias Fernandes, um dos estreantes.
Paulo Pisco conseguiu ser reeleito por este círculo, voltando a assumir funções de deputado.
No círculo Fora da Europa a vitória calhou à AD, que elegeu o seu cabeça-de-lista José Cesário, ex-secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
O segundo mandato pelo círculo Fora da Europa foi para o Chega, que elegeu Manuel Magno Alves, um estreante que irá ocupar o lugar que o veterano Augusto Santos Silva tinha no Parlamento.