Estudantes da Universidade de Columbia consideram “ridículas”ameaças de suspensão
Alunos da Universidade de Columbia consideram “ridículas” as ameaças de suspensão feitas pela direcção da instituição, num ultimato para que o polémico acampamento pró-Palestina fosse removido do campus universitário.
“Acho completamente ridículo que a universidade ameace os alunos com suspensão se não levantarem o acampamento. Estes estudantes estão apenas a exercer o seu direito ao protesto” defendeu, Michael, estudante presente no acampamento.
“Esta sempre foi uma escola em que isso foi feito, foi sempre um exemplo de onde os movimentos estudantis se juntaram para fazer as mudança acontecer. Estas ameaças por parte da presidente vão completamente contra aquilo que esta universidade sempre defendeu”, avaliou.
Num documento distribuído aos manifestantes, foi exigido que o local fosse evacuado, sob pena de suspensão. Contudo, horas depois da estipulada, a situação permanecia inalterada.
Os protestos naquela universidade atingiram um novo patamar quando um rabino ligado à escola
pediu aos estudantes judeus que ficassem em casa, sob alegações de aumento de antissemitismo no campus. Contudo, os participantes garantiram que não há lugar para ódio no acampamento, rejeitando qualquer ligação a casos de ataques a alunos judeus.
“Não há antissemitismo neste acampamento. Realmente registaram-se actos antissemitas, mas não estão relacionados com este protesto. Não é isso que este acampamento defende. Este não é um movimento antissemita e nunca foi”, garantiu Michael.
O jovem fez então um paralelo com o movimento ‘Black Lives Matter’, que ganhou dimensão em 2020 e que gerou manifestações não só nos EUA, como no mundo.
“Acredito que assim como nos protestos convocados por todo o país após a morte de George Floyd se juntaram pessoas (…) também há pessoas que estão a aproveitar este protesto pacífico para promover a sua própria agenda”, advogou.
“Aqui só queremos que as pessoas em Gaza não sejam assassinadas, que a matança tenha um fim”, frisou.