RÚBEN AMORIM: Viagem ‘foi um erro’ e pede desculpa
O treinador do Sporting, Rúben Amorim, assumiu sábado que a viagem que fez a Inglaterra “foi um erro” e pediu desculpa publicamente por tê-lo feito na semana antes de um jogo importante da I Liga de futebol.
“Obviamente que foi um erro. Foi um erro a minha viagem, o ‘timing’ foi completamente desajustado, ainda para mais quando eu sou tão exigente com os meus jogadores, sou sempre o primeiro a dizer que os problemas individuais não se podem sobrepor à equipa”, admitiu o técnico, em conferência de imprensa, em Alcochete.
Decidido a “tirar o elefante da sala” logo no início do encontro com a imprensa, Rúben Amorim frisou, no entanto, que “o clube tinha conhecimento da viagem” e recusou que o tenha feito “nas costas”.
O técnico reconheceu também que “por muito menos” já retirou “jogadores do plantel do Sporting” no passado e negou que não tenha dado explicações ao grupo de trabalho após a viagem que fez no dia de folga, sobre a qual nunca confirmou o destino ou o clube com o qual se terá encontrado.
“Dei explicações aos jogadores, dei explicações ao ‘staff’, porque acho que deveria fazê-lo. Obviamente que uso a parte pública para pedir desculpa aos sportinguistas, ao staff e, principalmente, pedir desculpa publicamente aos meus jogadores pelo erro que cometi”, afirmou.
Depois, questionado porque admitiu ter-se tratado de um erro se estava autorizado pelo clube a fazê-lo, não quis “entrar em mais pormenores”, mas insistiu que o clube tem objectivos importantes para alcançar.
“É um erro porque estamos perto de ganhar o campeonato, mas ainda não está nada feito, e é o líder da equipa a provocar este ruído. Não se fala do jogo, logo aí é um erro. Tenha razão ou não tenha. Esteja autorizado ou não”, vincou.
Sobre o futuro, recusou a existência de “um plano A ou plano B” e voltou a insistir que a única condicionante é ganhar títulos pelo Sporting.
‘Perdemos bolas fáceis’
Sobre o jogo no Dragão, Rúben Amorim afirmou: “No início do jogo, ajudámos o FC Porto a crescer. Perdemos bolas fáceis, estivemos nervosos, e, mesmo não permitindo que o adversário nos pressionasse, como o fez em Alvalade, nunca tivemos a fluidez na primeira parte, perante um FC Porto mais agressivo nos duelos e que fez dois golos.”
Voltámos um pouco mais agressivos do intervalo, mas ainda a faltar qualidade com bola. Ainda assim, fomos, aos poucos, empurrando o FC Porto e, mesmo sem a agressividade que pretendia, crescemos nos últimos 15 minutos e fizemos o golo”, disse ainda.