Hungria acusa aliados de quererem arrastar país para conflito
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. acusou, esta sexta-feira, os aliados ocidentais de quererem arrastar a Hungria para um conflito armado, assim como aconteceu durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, chegando a compará-los ao líder nazi alemão, Adolf Hitler.
Orbán disse que reexaminou os documentos relactivos às negociações entre Hitler e o antigo chefe de Governo húngaro, Miklos Horthy, na altura da Segunda Guerra Mundial, e que encontrou paralelismos com o que está a acontecer actualmente em relação à guerra na Ucrânia.
“A Hungria estava sob enorme pressão para enviar soldados para a frente de batalha, o mais rápido possível, e para deportar mais judeus para os campos de extermínio-o”, explicou o mesmo. “Não estou a dizer que o que estamos a viver actualmente atingiu o mesmo nível. Mas estamos a caminhar nessa direcção”, defendeu Orbán, o único líder da União Europeia que ainda mantêm relações bilaterais estreitas com a Rússia, apesar da invasão à Ucrânia.
Orbán também condenou a decisão de várias diplomacias ocidentais – que acusa de estarem sob pressão da NATO – de permitir que Kiev utilize armas fornecidas por estas, contra alvos militares na Rússia.
“Os russos declararam que quanto mais eficientes fossem as armas usadas contra eles, mais avançariam”, lembrou o chefe do Governo húngaro.
E frisou ainda: “É um absurdo que a NATO, em vez de nos proteger, nos arraste para um conflito global. É tão absurdo como se um bombeiro decidisse apagar incêndios recorrendo a um lança-chamas”.
A Ucrânia tem ajuda financeira e de armamento ocidental desde o início da guerra.