Ex-conselheiro de Trump renuncia após admitir abuso de menor

O pastor evangélico e ex-conselheiro espiritual de Donald Trump, Robert Morris, de 62 anos, renunciou ao seu cargo na “mega-igreja” Gateway, fundada pelo mesmo, e com sede na cidade de Dallas, no Texas.

Tudo aconteceu após admitir ter tido um “comportamento sexual inadequado” na sequência de uma acusação de abuso sexual, de uma menina de 12 anos, na década de 1980. O abuso terá durado mais de quatro anos.

O conselho de irmão da Gateway Church revelou (numa declaração prestada na terça-feira, à qual a agência de notícias Associated Press teve acesso), que tinha contratado uma equipa de advogados para realizar uma revisão independente para garantir que “tenham uma compreensão completa dos eventos” de 1982 a 1987.

As alegações vieram à tona na sexta-feira passada, no blogue religioso intitulado “The Wartburg Watch”. Cindy Clemishire, a mulher que acusou Morris, afirmou ao “The Dallas Morning News”, durante uma entrevista, que conheceu o pastor em 1981, quando este era um pregador itinerante e começou a pregar na igreja da sua família em Oklahoma. Nessa altura, Morris, a sua esposa e filho, tornaram-se próximos da família de Clemishire.

Os abusos começaram em 1982 quando o pastor estava na casa da sua família e lhe pediu para ir ao seu quarto. Segundo alega a mesma, actualmente com 54 anos, Morris disse-lhe para se deitar na sua cama e começou a tocar-lhe de forma inadequada. Os abusos continuaram durante quatro anos e meio seguintes.

Quando questionado sobre as alegações, Morris disse que quando tinha 20 e poucos anos, esteve “envolvido num comportamento sexual inapropriado com uma jovem numa casa onde estava hospedado”.

“Tratava-se de beijos e carícias e não de relações sexuais, mas era errado”, afirmou na declaração que deu ao site de notícias religiosas The Christian Post, onde acrescentou ainda que esse “comportamento ocorreu em várias ocasiões ao longo de anos seguintes”.