Sondagem aponta que só Michelle Obama pode vencer Trump na corrida à Casa Branca
Michelle Obama é a esperança democrata para vencer Donald Trump nas eleições de Novembro.
Os temores em torno de uma eventual incapacidade de Joe Biden para conseguir a reeleição nas urnas, que se inflamaram, na semana passada, na sequência do debate-espetáculo com Donald Trump, têm levado eleitores e figuras do Partido Democrata a pedir a substituição do candidato por outro que assegure a vitória sobre o republicano.
Segundo uma sondagem da agência Reuters em conjunto com a empresa de estudos de mercado Ipsos, realizada no rescaldo do confronto entre o actual presidente dos EUA e o antecessor, é na antiga primeira-dama Michelle Obama que reside a principal alternativa a Biden apontada pelos norte-americanos. Entre vários nomes que surgiram como possíveis substituições de Biden, apenas a mulher do antigo presidente democrata Barack Obama consegue superar a intenção de voto de Donald Trump, com Michelle a conseguir 50% das intenções de voto, contra 39% do republicano.
Também de acordo com a sondagem, Michelle – que já manifestou apoio público à candidatura de Biden e que, em diversas vezes, afastou a possibilidade de algum dia ser candidata à Casa Branca – seria capaz de captar o voto de eleitores que não pretendem votar nas eleições de Novembro, por estarem descontentes com os atuais candidatos.
Outras alternativas democratas a Biden no caso de desistência da corrida seriam a atual vice-presidente, Kamala Harris, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, a governadora do Michigan,
Gretchen Whitmer, o governador do Kentucky, Andy Bechear, e o governador do Illinois, J. B. Pritzker.
Tendo em conta a sondagem divulgada, todos eles ficariam atrás de Trump nas urnas, com a distância menor a ser conseguida por Kamala (que alcançaria 42% face a 43% do opositor).
É precisamente sobre a número 2 de Biden que pesa um alegado favoritismo no seio do Partido Democrata, assegura o jornal Washington Post, mas a mesma sondagem da Reuters indica que apenas 40% dos eleitores têm uma imagem favorável sobre a possível candidata – um valor próximo dos 42% que avaliam positivamente Trump e dos 38% de Biden, mas longe dos 55% com que Michelle Obama se destaca.