Republicanos aprovam programa que prevê deportações em massa em território nacional

O Comité Nacional Republicano aprovou, esta segunda-feira, um programa de 20 pontos para um eventual segundo mandato do ex-presidente Donald Trump, que será formalmente nomeado como candidato republicano pelo mesmo partido durante a convenção que terá lugar na próxima semana em Milwaukee, no Wisconsin.

A lista – que adopta a rectórica anti-imigração de Trump – propõe:

– “Travar a invasão de migrantes” nos Estados Unidos e “realizar a maior operação de deportação da história” do país;

– “Acabar com a inflação” e transformar o país numa potência energética mundial;

– Na política externa, “prevenir a Terceira Guerra Mundial e restaurar a paz na Europa e no Médio Oriente”;

– Construção de “um grande escudo defensivo contra mísseis” – ao estilo da Cúpula de Ferro israelita – e a “deportação de radicais pró-Hamas” que participam de protestos universitários;

– “Acabar com os cartéis de drogas estrangeiros e esmagar a violência dos gangues”, além de modernizar o Exército para torná-lo “o mais forte e poderoso do mundo”;

– Na economia, manter o dólar norte-americano como principal moeda mundial e evitar cortes no programa de saúde pública Medicare;

– Cortar o financiamento federal às escolas que abordem temáticas ligadas ao racismo e à identidade de género, alegando que são conteúdos inapropriados para crianças;

– Opõe-se à participação de mulheres transexuais em competições desportivas femininas;

– Promete proteger a integridade das eleições, levantando mais uma vez o espectro de fraude eleitoral;

– Sobre o aborto, o programa republicano aproxima-se da posição de Donald Trump, que se tem distanciado de uma proibição generalizada da interrupção voluntária da gravidez e manifestado apoio a que a legislação seja elaborada a nível estadual.

O magnata venceu as primárias do Partido Republicano, embora não seja oficialmente aprovado como candidato até à Convenção Nacional Republicana.

A unidade dentro do partido de Trump contrasta com o que se passa nas fileiras democratas, onde Biden é cada vez mais questionado devido ao seu fraco desempenho no primeiro debate eleitoral televisivo.