CONFERÊNCIA REPUBLICANA: Promessas futuras marcam discurso de Trump
No único discurso que proferiu na Convenção Nacional Republicana, no Milwaukee, Trump delineou a visão para o país e falou da tentativa de assassínio de que foi recentemente alvo.
“Estou diante de vós esta noite com uma mensagem de confiança, força e esperança. Daqui a quatro meses, teremos uma vitória incrível e começaremos os quatro maiores anos da história do nosso país”, disse.
“Juntos, lançaremos uma nova era de segurança, prosperidade e liberdade para cidadãos de todas as raças, religiões, cores e credos. A discórdia e a divisão na nossa sociedade devem ser curadas. Como americanos, estamos unidos por um único destino e um destino partilhado. Nós erguemo-nos juntos ou caímos”, acrescentou.
O magnata garantiu estar a concorrer para ser “Presidente de toda a América, não de metade da América, porque não há vitória em vencer para metade da América”.
“Então, esta noite, com fé e devoção, aceito com orgulho a nomeação para Presidente dos EUA”, confirmou.
O ex-presidente, de 78 anos, expressou ainda gratidão por todas as demonstrações de apoio que recebeu após a tentativa de assassínio de que foi alvo num comício na Pensilvânia.
Evitou referências directas aos rivais democratas, mas, de um modo geral, teceu duras críticas à actual administração, nas áreas económica, energia e clima, e imigração.
Apresentou-se com uma retórica mais suave inicialmente, mas rapidamente evoluiu para um tom mais agressivo, repetindo várias alegações falsas confirmada posteriormente para estação televisiva CNN. Uma destas foi que Biden quer quadruplicar os impostos.
Prometeu concluir a construção do muro anti-imigrantes na fronteira com o México, um dos grandes e mais polémicos projectos do primeiro mandato. “Vou acabar com a crise da imigração ilegal, fechando a nossa fronteira e acabando o muro”, assegurou.
Descreveu os EUA sob o actual governo como “uma nação em declínio”, com “uma invasão maciça na fronteira sul” e à beira da Terceira Guerra Mundial. “Temos que impedir a invasão do nosso país que está a matar centenas de milhares de pessoas por ano”, afirmou.
Em relação à política externa, reiterou que as duas guerras actualmente travadas “nunca teriam acontecido” se fosse Presidente.
Trump e J. D. Vance têm uma posição isolacionista e propuseram limitar ou cortar completamente a ajuda a países estrangeiros.
Destacou ainda a relação de proximidade com o líder norte-coreano, Kim Jong-un porque “é bom dar-se bem com alguém que tem muitas armas nucleares”.
Expôs outras promessas, que incluem a redução do custo de alimentos e gasolina, mais empregos e a segurança da fronteira.