NEWARK. Vereador Michael Silva acusa Trenton de “hipocrisia” na questão da construção de central de produção de energia no Ironbound
Por HENRIQUE MANO | News Editor
O vereador luso-americano Michael Silva, que representa o Bairro Leste junto do conselho municipal de Newark, reagiu dia 18 de Julho à decisão da New Jersey Department of Environmental Protection (NJDEP) que autoriza a Passaic Valley Sewerage Commission (PVSC) a avançar com a construção de uma de produção de energia no Ironbound, movido a energias poluentes, que é visto pelos moradores da zona como um perigo ambiental a juntar a outros já ali existentes.
O NJDEP, na sua sigla em inglês, é o Departamento de Protecção Ambiental de New Jersey e a PVSC a Comissão de Salubridade e Esgotos do Vale de Passaic – cujos comissários (dos quais nenhum é de origem portuguesa) são nomeados pelo Governador Phil Murphy.
Referindo-se à conturbada decisão, o legislador municipal de origem portuguesa diz: “é mais uma bofetada na cara dos residentes e trabalhadores do Ironbound. Nada me surpreende vindo da PVSC”, nota, “que, nos dois anos em que estou no cargo, não fez ABSOLUTAMENTE NADA para ajudar a nossa comunidade! Para pessoas que não moram aqui, ter a ousadia absoluta de dizer que [a central produção eléctrica] terá um impacto insignificante, é mais do que um insulto”.
Michael Silva acrescenta ainda que as duas entidades públicas acima citadas “ignoram de forma flagrante” o impacto ambiental que a construção daquela estrutura terá junto de um Ironbound já por si a enfrentar outras questões de natureza semelhante, que atentam contra a saúde pública dos seus moradores.
Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | O vereador Michael Silva no seu gabinete de trabalho na Câmara Municipal
“Como residente vitalício do Ironbound e sobrevivente de cancro, estou chocado com o total desprezo que a PVSC e o NJDEP demonstraram pelas preocupações desta comunidade!”
O vereador Michael Silva vai mais longe e faz um apelo ao Governador do estado, o democrata Phil Murphy, exigindo que “ponha IMEDIATAMENTE um fim neste projecto e proteja aquilo que a sua própria administração, através da Lei de Justiça Ambiental, considerou uma comunidade sobrecarregada”.
E termina declarando: “qualquer coisa menos que isto, seria o máximo da hipocrisia”.
