5.3 NA ESCALA DE RICHTER: Sismo abalou Portugal de Norte a Sul
Portugal foi, na madrugada de segunda-feira, abalado por um sismo de 5.3 na escala de Richter, “um teste real” à capacidade de resposta a catástrofes, segundo o Governo, sem vítimas nem estragos, mas que tirou o sono a muitos portugueses.
Eram 05:11 da madrugada em Portugal continental quando o abalo com epicentro no mar, a 58 quilómetros a oeste de Sines, distrito de Setúbal, se fez sentir sobretudo na faixa costeira do país, tendo a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) adiantado que recebeu chamadas de cidadãos desde a zona do Alentejo até Coimbra, mas que o sismo foi sobretudo sentido na área metropolitana de Lisboa, com maior incidência na península de Setúbal.
O sismo, que teve depois quatro réplicas de pequena magnitude – 1,2; 1,1; 0,9 e 1,0 na escala de Richter –, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), foi também sentido em Espanha, especialmente nas províncias de Huelva e Sevilha, de acordo com o Instituto Geográfico Nacional espanhol, que registou uma magnitude de 5,5, mas também sem vítimas ou danos, tendo o Centro de Coordenação de Emergências 112 Andaluzia registado mais de 15 chamadas de pessoas que alertaram para o abalo.
Por volta das 07:00 o Governo português emitiu um comunicado a apelar para a serenidade da população e para o cumprimento das recomendações da Protecção Civil, a que se seguiu pouco depois uma informação da Presidência da República, dando conta de que o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, estava em contacto com o Governo e a acompanhar a situação.
Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro em exercício durante as férias do chefe do Governo, Luís Montenegro, considerou, à saída da reunião na ANEPC ao início da manhã , o sismo um teste real às capacidades de resposta no caso de uma catástrofe, tendo depois seguido para uma reunião com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, no final da qual o Presidente da República enalteceu a capacidade de resposta “muito rápida” das autoridades e a “muito boa coordenação entre o Governo e a Protecção Civil” referindo que “funcionou aquilo que devia ter funcionado” na resposta ao sismo.