Bill Clinton entra na campanha de apoio a Harris
O ex-presidente norte-americano Bill Clinton entrou este fim-de-semana na campanha eleitoral da candidata democrata, Kamala Harris, em estados-chave para as eleições de 5 de Novembro, um impulso que já conta também com Barack Obama.
Segundo fontes do Partido Democrata, Clinton – que iniciou a sua viagem pela Geórgia, onde esteve no domingo e segunda-feira, e seguiu para a Carolina do Norte – tentou captar o voto do eleitorado rural para conseguir uma vantagem para a actual vice-presidente sobre o candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump.
“A campanha de Harris soltou o ‘Cão Grande’”, escreveu na rede social X Ian Sams, um porta-voz da campanha da vice-presidente, que assumiu a nomeação democrata para as eleições de 2024 depois do actual Presidente, Joe Biden, ter desistido da recandidatura.
Os esforços de Clinton e Obama a favor de Harris devem-se ao facto de, segundo todas as sondagens, não haver um nítido vencedor à vista, num momento em que faltam cerca de 25 dias para as eleições.
De acordo com a média das sondagens realizadas pelo portal RealClearPolitics, Harris lidera as intenções de voto com 49% de apoio, contra 47,2 de Trump, uma vantagem de apenas 1,8 pontos que se dilui tendo em conta as margens de erro das sondagens.
A estratégia de Clinton passa por afastar-se dos comícios de massas característicos das grandes campanhas, optando por falar para algumas centenas de pessoas em feiras e locais privados, informou a CNN.
Enquanto Clinton se preparava para visitar o sul do país, a corrida do ex-presidente Barack Obama para ajudar Harris começou na quinta-feira na Pensilvânia, provavelmente o estado-chave mais importante no mapa eleitoral deste ano.
O primeiro afro-americano a tornar-se Presidente dos EUA pediu aos homens negros que votem na vice-presidente, que tem raízes afro-americanas e indianas, e que poderá ser a primeira mulher Presidente do país.
“Vocês estão a pensar em ficar de fora ou apoiar alguém que tem um histórico de vos denegrir, porque acham que isso é um sinal de força? Porque é isso que é ser homem? Colocar as mulheres para baixo? Isso não é aceitável”, criticou Obama, denunciando igualmente o comportamento de Trump em menosprezar parte do eleitorado.
Obama fez da Pensilvânia a primeira paragem da entrada na campanha, num momento em que a votação antecipada e por correio já está em andamento.
Falando num comício na Universidade de Pittsburgh, Obama referiu-se a Trump como alguém fora de sintonia e não a escolha certa para liderar o país.