Xi Jinping a caminho da Rússia para cimeira dos BRICS
A cimeira do grupo – composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de Egipto, Irão, Emirados Árabes Unidos e Etiópia – reune, entre esta terça-feira e quinta-feira, 24 chefes de Estado e de Governo considerados os mais próximos da Rússia e da China, na sequência do alargamento que o bloco aprovou na reunião de líderes do ano passado.
Segundo o Kremlin, Putin, o anfitrião, vai reunir-se com Xi à margem da cimeira, embora Pequim ainda não tenha confirmado este encontro ou outros entre Xi e os líderes dos países presentes.
A China chega à cimeira numa altura em que tenta seduzir o Sul Global como uma das prioridades da sua política externa, com novas vias de financiamento e cooperação, num contexto de crescente competição geopolítica com o Ocidente, especialmente com os EUA.
Os BRICS são para a China mais uma oportunidade de promover uma reforma do sistema de governação global mais ao encontro dos seus interesses e com aquilo a que chama “verdadeiro multilateralismo”, por oposição ao “hegemonismo dos EUA”, bem como de mostrar o seu “empenho” em desempenhar um papel mais importante num momento geopolítico convulsivo, com as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente como pano de fundo, além das tensões na península coreana e no estreito de Taiwan.
Até 2023 o bloco era constituído pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que acolheu a 15.a cimeira, onde foi aprovada a entrada do: Egipto, Irão, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Argentina (que acabou por decidir não aderir) e Arábia Saudita.
Durante a reunião deste ano, os líderes devem definir critérios para que novas nações entrem.