Primeira-ministra italiana posiciona-se como interlocutora priviligiada de Donald Trump na UE

No sábado, Meloni teve um encontro bilateral informal com Trump em Paris, à margem da reabertura da Catedral Notre-Dame, tendo sido publicadas várias fotos de ambos nas redes sociais, na companhia do magnata Elon Musk – um dos principais conselheiros do futuro Presidente e admirador assumido da italiana -, no que muitos entendem como mais um esforço da líder do partido pós-fascista “Irmãos de Itália” para se ‘credenciar’ na Europa como interlocutora privilegiada de Trump no regresso à Casa Branca.

Essa aspiração é assumida pelo próprio partido de Meloni – que lidera uma coligação de extrema-direita e direita actualmente no poder em Itália -, com o deputado dos Andrea Di Giuseppe, um empresário próximo de Trump, a comentar publicamente que “é evidente que Meloni vai desempenhar um papel de ponte entre os EUA e a UE”.

Também o próprio Donald Trump alimentou essa expectativa, ao afirmar em declarações ao New York Post desde Paris que se dá “muito bem” com a primeira-ministra italiana e que esta tem “muita energia” e é “verdadeiramente de fibra”.

Na passada semana, o jornal britânico The Economist, apontou igualmente que Meloni “está entre os que pretendem ser o eixo da relação transatlântica”, considerou que há basicamente dois grupos de líderes europeus a “disputar o afecto de Trump” – a ‘velha guarda’ do eixo franco-alemão e os seus ‘amigos ideológicos’ Orbán e Robert Fico.