Síria: Estados Unidos afirmam estar abertos a levantar sanções se situação melhorar no país

Os Estados Unidos garantiram esta terça-feira que estão a considerar levantar as sanções contra a Síria se a situação melhorar no país, onde uma coligação assumiu o controlo provisório na semana passada.

O eventual levantamento das sanções económicas impostas há anos ao governo de Bashar al-Assad e outras ações restritivas depende de ações e não de palavras, disse o porta-voz do Departmento de Estado, Matthew Miller.

“As sanções nunca se destinam a ser permanentes. Impomos sempre sanções para tentar induzir mudanças de comportamento e, se virmos mudanças, é claro que estamos abertos a levantá-las”, afirmou.

As decisões que os EUA tomarem dependerão da forma como as autoridades interinas atuarem, sublinhou, salientando que não podia avançar mais nada sobre o assunto.

Miller acrescentou que Washington conseguiu contactar “todas as partes importantes no terreno na Síria, incluindo a aliança Organização de Libertação do Levante (HTS), a coligação de insurgentes que derrubou al-Asad, e referiu que, quando for apropriado, será enviado pessoal dos EUA para a zona”.

Terça-feira, o Comando Central dos EUA (Centcom) anunciou que as suas forças mataram 12 terroristas do Estado Islâmico numa ofensiva na Síria contra campos e operacionais.

“Os danos estão a ser avaliados e não há indicação de vítimas civis”, acrescentou o Centcom, cujo general Michael Erik Kurilla afirmou que não permitiriam que o Estado Islâmico “se reconstituísse e tirasse partido da situação atual”.

A mudança de regime está a lançar várias interrogações sobre o futuro deste país devastado e fraturado por 13 anos de guerra civil, num conflito que ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’.