SEM-ABRIGO: Presidente da República pede mais habitação

O Presidente da República apelou, sábado, a uma aposta urgente na habitação apoiada pelo Estado para as pessoas em situação de sem-abrigo, assinalando que muitas delas estão a trabalhar, mas sem dinheiro suficiente para ter casa.

“É uma nova situação que precisa urgentemente de uma aposta na habitação, com o apoio do Estado, com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e com o papel fundamental dos municípios, das autoridades”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas durante o almoço de Natal promovido pela associação Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA), em instalações do Metropolitano de Lisboa, em que tem participado anualmente.

Nesta ocasião, o Presidente da República reiterou que espera que o Governo PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro, em funções desde Abril, “seja relativamente rápido” a apresentar a sua a estratégia para a integração das pessoas em situação de sem-abrigo.

Marcelo Rebelo de Sousa quer “ver o que é que o Governo vai apresentar como solução, se é atirar isso para as câmaras e que dinheiro dá para a parte da habitação, do PRR, sobretudo”, ou se “se o Governo assume directamente” a resolução do problema.

Para o chefe de Estado, é importante “saber se o Estado mete muito a cabeça ou não, quanto é que vai financiar os municípios, se os municípios têm planos municipais de habitação, sim ou não, como é que vão desenvolver isso, nas situações mais precárias”.

“A senhora ministra [do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho], no dia 29 de Outubro, salvo erro, no parlamento disse que ia ser rápida. E, portanto, espero que em Janeiro, Fevereiro – porque estamos num buraco, quer dizer, foi um ano em que a estratégia que era para ser aplicada não foi e houve mudança de Governo – venha aí uma nova estratégia”, referiu.

“As metas que tinham sido sonhadas em 2016, 2017, 2018, com a pandemia e com o efeito económico das guerras, foram à vida. Agora vamos ver que metas é que são e, sobretudo, se os portugueses continuam empenhados nisso”, acrescentou.