FREDERICO VARANDAS: Lesões e choque emocional explicam o mau momento do Sporting
O presidente do Sporting justificou ontem o actual momento com a onda de lesões, aliada ao “choque emocional” da perda do treinador Ruben Amorim, reforçando a confiança em João Pereira e no bicampeonato.
Em discurso durante a cerimónia dos prémios Stromp, Frederico Varandas voltou a explicar o processo que levou à saída de Ruben Amorim e à ascensão de João Pereira da equipa B para a principal, numa mudança de ciclo que estava a ser preparada para o final desta época e que teve de ser antecipada, dada a ida de Amorim para o Manchester United.
“Perdemos Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Morita, Daniel Bragança e Gonçalo Inácio. Pelo meio, ainda tivemos Franco Israel, St. Juste e Eduardo Quaresma lesionados. São cinco a seis titulares de fora. Façam o exercício de tirar cinco titulares aos nossos rivais e pensem se a equipa não vai sofrer. O Manchester City, a equipa que ganhou quatro campeonatos seguidos em Inglaterra, também teve uma onda de lesões e, nos últimos 11 jogos, ganhou um. A explicação é óbvia e clara, a onda de lesões condiciona”, disse.
Além da onda de lesões que fustiga actualmente a turma ‘leonina’, o presidente do clube lisboeta lembrou que, em Portugal, entre os ditos três ‘grandes’, nunca antes um treinador tinha saído a meio de uma época desportiva devido a ter sucesso desportivo, o que obrigou a tomar a decisão de antecipar o plano traçado para o final desta época.
“Podíamos antecipar o que tínhamos planeado, ou trazer alguém de fora. Os jogadores iam ter muita dificuldade em entender alguém que chegasse e dissesse que iam jogar de maneira diferente. Não só não compreenderiam, como não iam aceitar. Por isso, a decisão racional, entre prós e contras, era antecipar o plano previsto”, frisou Varandas.
O presidente do Sporting considerou que vai carregar “para o resto da vida” o convite “mais ingrato e o presente mais envenenado” que podia oferecer a um jovem técnico, numa estrutura ainda a lidar com um “choque emocional” da saída de Ruben Amorim.
“A equipa está a sofrer por todas estas condições e circunstâncias. O que nós temos de fazer é lutar e adaptar. Venho de uma instituição onde, em muitas missões, o plano A é para esquecer mal entramos no terreno. Caído o plano A, ficamos de mãos na cabeça e a chorar? Ficávamos lá todos, não voltava ninguém. Nós não quisemos isto, mas não vamos ficar a chorar”, disse Frederico Varandas.
, que apontou ainda às arbitragens.