Venda de uvas no Pombalense bate recorde dos anos anteriores
“Não me lembro de nos anos anteriores ter vendido tantas uvas”, disse o Tony atarefado com o Luís e restante equipa a atender os clientes.
Na manhã de sábado já tinham sido vendidos mais de 30 camiões de uvas chegadinhos da Califórnia desde que foi iniciado o período de vendas, e é provável que a quantidade venha a ser repetida.
“Não sei se isto tem a ver com a pandemia (disse o Tony em tom de brincadeira), mas talvez o facto de provavelmente terem ido menos pessoas a Portugal tenha contribuído para aumentar as vendas”.
Califórnia Especial, Pia, Teaser, são algumas das castas para opção dos clientes, mas há também quem prefira o mosto, menos trabalhoso e com a mesma qualidade, garantem os especialistas.
João Vieira, de Elizabeth, ainda jovem com raízes em S. João das Areias (pai) e Porto de Mós (mãe), gosta de fazer vinho mas prefere o “juice”. Dá menos trabalho, 15 galões dão para as suas necessidades.
Alfonso Gialanella, de Scotch Plains, prefere a mistura de várias qualidades de uvas, 20 galões é por agora a quantidade seleccionada.
Frank Lepore, de Elizabeth, vai fabricar 80 galões de vinho de várias castas. “Gosto de seleccionar as uvas e é o que este ano vai voltar a acontecer.
Minhotos de gema (Arcos de Valdevez), os irmãos Sérgio Dias, o Manny e o Perry, costumam ir fazer a vindima a Portugal mas desta vez a situação não permitiu. 30 galões vai ser a receita deste ano com uvas de vários lotes.
Mas nem só uvas e mosto podem ser adquiridos no Europa Pombalense, como também todos os utensílios para fabrico deste “Néctar dos Deuses”, em que os aficionados rivalizam na melhor produção de vinho fabricado de forma artesanal.