PARTICULAR: Portugal e Espanha ficam a zero no 40º duelo

Portugal e Espanha empataram quarta-feira a zero no 40.º duelo entre as duas selecções ibéricas, num particular em que os campeões europeus tiveram as melhores oportunidades para marcar, apesar de algum domínio espanhol.

No Estádio José Alvalade, em Lisboa, com 2.500 pessoas nas bancadas, Ronaldo e Sanches acertaram ambos com ‘estrondo’ na barra, na segunda parte, e João Félix teve um falhanço monumental já em tempo de descontos.

Por seu lado, a Espanha, que foi sobretudo dominadora durante toda a primeira parte, obrigou o guarda-redes Rui Patrício, de regresso à baliza da selecção lusa, a uma mão cheia de boas defesas, algumas de grande dificuldade.

Como já esperava, com as duas equipas a terem dois compromissos para a Liga das Nações nos próximos dias, faltou alguma intensidade e virtuosismo ao duelo ibérico, com algumas das principais figuras das duas selecções a ficarem no banco, acabando por actuar apenas alguns minutos.

Não foi o caso de Cristiano Ronaldo, que completou 72 minutos em Alvalade, no jogo que assinalou a estreia absoluta de Rúben Semedo, que fez dupla com Pepe, no dia em que o jogador de 37 anos se tornou no defesa com mais jogos de sempre na selecção nacional (111).

A primeira parte foi controlada por completo pela Espanha, frente a uma equipa portuguesa com muitas dificuldades em ter a bola e em conseguir construir jogadas de ataque, tal a ‘teia’ que o adversário montou a meio campo.

Aos 15 minutos, Patrício já tinha sido obrigado a três intervenções, com Dani Olmo a ser a principal figura do lado dos espanhóis, num período em que a equipa de Luís Enrique impôs grande velocidade na partida.

Portugal andou algo desorientado, com vários passes falhados e bolas perdidas, e só aos 25 minutos fez o seu primeiro remate no jogo, por Renato Sanches, com a bola a sair bem por cima da baliza de Kepa.

Mesmo sem marcar, a Espanha continuou a mandar até ao intervalo, embora a selecção lusa tenha ficado perto de marcar, aos 43 minutos, por Raphaël Guerreiro, na sua única jogada com alguma substância na primeira parte.

Na segunda parte, Fernando Santos lançou Rúben Dias, William Carvalho e Bernardo Silva e mudou o esquema da equipa, acabando Portugal por melhorar bastante.

Prova disso aconteceu aos 53 minutos com Ronaldo, que acertou na barra da baliza espanhola, com um remate de fora da área, e depois aos 67, com Renato Sanches a ‘imitar’ o seu ‘capitão’.

Mesmo sem ter muita bola, foi o melhor período de Portugal em todo o jogo, mas mesmo assim, pouco depois, Rui Patrício foi obrigado a grande defesa, outra vez a negar o golo a Dani Olmo.

Contudo, tudo poderia ter sido bem diferente (e Portugal poderia estar a festejar a nona vitória da sua história sobre a Espanha), caso João Félix não tivesse falhado uma grande oportunidade, praticamente no último lance da partida.

Na marcação de um pontapé de canto, Rúben Semedo desviou a bola ao primeiro poste, de cabeça, e Félix, a poucos centímetros da baliza e quando só tinha de encostar, deixou a bola passar por entre as pernas.

© Luso-Americano/Agência Lusa