ALIMENTAÇÃO: Adesão à dieta mediterrânica tem vindo a aumentar
A adesão à dieta mediterrânica aumentou em Portugal 15% nos últimos quatro anos, indica um estudo divulgado esta semana e que satisfaz moderadamente os seus autores, que alertam para a importância de alimentação saudável em tempos de pandemia.
Maria João Gregório, um dos elementos da direcção do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), revelou à agência Lusa que o Programa tinha definido como meta um aumento de 20% e que o aumento de 15%, que devido à margem de erro do inquérito pode ser superior, é positivo, tendo em conta que são demoradas as mudanças a nível do comportamento alimentar.
Maria João Gregório explicou que a dieta mediterrânica reúne comportamentos alimentares saudáveis, que são importantes para que o sistema imunitário funcione de forma normal e para manter doentes crónicos metabolicamente controlados.
Factores que, acrescentou, não reduzem o risco de infecção por covid-19, mas que preparam melhor o corpo para lutar contra a doença.
“O risco de mortalidade e de complicações associadas à covid-19 pode ser menor nos grupos da população que tem um estilo de vida mais saudável”, em particular no caso de pessoas com doenças crónicas, avisou.
A dieta mediterrânica, como se explica no próprio estudo da Direcção-Geral da Saúde (DGS), é um modelo alimentar de base vegetal, abundante em hortícolas, fruta, leguminosas (feijão, grão, ervilha, lentilha), pão e azeite, e moderado em lacticínios e peixe e mais moderado ainda em carne.
A dieta, considerada património imaterial da humanidade, tem a água como bebida principal e o vinho em pequenas quantidades, e recorre a pratos cozinhados em água e produtos frescos da época.