CONFINAMENTO TOTAL EM NEWARK DE 25 DE NOVEMBRO A 4 DE DEZEMBRO

Estabelecimentos que desafiaram o pedido de encerramento temem represálias e retaliações. Comunicação do mayor é elucidativa.

Alguns dos estabelecimentos que não seguiram a recomendação de Ras Baraka, que pedia um encerramento total entre os dias 25 de Novembro e 4 de Dezembro temem represálias e retaliações por não terem seguido essa directriz, confidenciaram ao LUSO-AMERICANO, alguns desses empresários que preferiram manter o anonimato.

Segundo os mesmos, essa situação foi agravada porque numa reunião com alguns desses empresários e com representantes de uma organização de empresários brasileiros, Ras Baraka terá afirmado que, a cidade pode não ter poder legal para obrigar os negócios a encerrar, mas que é responsável pela emissão de várias licenças  necessárias para essa abertura. Ras Baraka deu também a entender essa situação durante uma das suas comunicações através do Facebook.

O Task Force está no terreno e segundo alguns dos empresários que desafiaram a ordem do mayor esses agentes estão a enfrentar problemas em justificar essa acção, pois não existe uma ordem executiva que obrigue a essa decisão.

Entretanto Ras Baraka em comunicação aos residentes em conjunção com o director de Segurança Pública Anthony Ambrose  referiu, que foram multado oito estabelecimentos, na sua maioria porque alguns dos empregados não estavam a usar as máscaras correctamente quando estavam a servir os clientes. Ao mesmo tempo que assumiu que o encerramento era recomendado não obrigatório

Outra das situações descritas ao LUSO-AMERICANO foi o relatado por um barbeiro da cidade, que foi confrontado com um agente do Task Force que o advertiu que não poderia ter clientes no interior. Essa situação esta clara na ordem executiva de Phil Murphy, só que neste caso, o cliente tinha marcação para as 10.30 da manhã e eram 10.25 e estava a preparar-se para começar o seu corte de cabelo, o cliente anterior estava a pagar. Bom senso, precisa-se

Esta é uma situação bastante problemática pois a desconfiança é total, num momento em que a cidade de Newark vive dias complicados devido ao aumento de casos e cooperação é algo necessário que aconteça.

A taxa de infecção em Newark é presentemente de 21% em toda a cidade, e no bairro leste de 41%, o que esteve na origem do pedido de Ras Baraka. Pedido esse que se compreende, mas que da forma como foi feito ajudou a criar anticorpos.

Guerra entre Baraka e Amador. Incitar negócios a desafiar o seu pedido de encerramento através de petição na origem da mesma.

Numa das suas comunicações aos residentes, o mayor da cidade Ras Baraka acusou Augusto Amador, sem mencionar o seu nome de estar a dizer aos empresários do bairro para assinarem uma petição de modo a ir contra o encerramento de negócios, considerando a mesma ilegal com base na ordem executiva de Phil Murphy.

Baraka falou em tom emocional, mencionando mesmo 60 mortes no bairro por Covid-19.

Contactado pelo LUSO-AMERICANO Amador referiu simplesmente que “não existem provas que os números de casos tenha a ver com restaurantes. Em Março fiz recomendações que não foram ouvidas e chamei a atenção para casos como o Delicias de Minas, para além de ter referido a necessidade de um centro de testes no Ironbound” referindo depois, “a angariação de fundos num local de charutos, onde possivelmente pessoas foram contagiadas, enfim sem comentários”.

A verdade é que a relação de ambos continua a ferro e fogo. O mayor referiu 60 mortes no Ironbound, o que são de lamentar, cada morte é de lamentar. Na cidade de Newark são já 700 as mortes em toda a cidade, sinal que as coisas vão mal também em outras áreas e cada um dos bairros deve fazer a sua parte, sem encontrar bodes expiatórios.