Costa aguenta
Há vários primeiros-ministros e presidentes que não aguentaram os efeitos da pandemia que por aí anda. Ou por não terem agido a tempo ou por quererem estar bem com Deus e com o Diabo.
As grandes forças económicas pressionam para um abrandamento das restricções, os pobres e os que não aguentam a crise mas querem acabar com ele, preferem seguir à risca confinamentos e outros sacrifícios. António Costa tem-se safado bem da confusão com Marta Temido e Graça Freitas. Afastado das conferências de imprensa mais complicadas, o nosso primeiro lá vai gerindo a crise de forma a preservar a sua identidade e missão.
O Bernardo Blanco tem razão: Há sensivelmente 10 meses, todos os partidos à esquerda e o Chega votaram contra a proposta da IL de privatizar a TAP, tendo o PSD e o CDS votado abstenção. A IL votou a favor, sozinha. Em 230 deputados apenas um a favor. Passados 10 meses, depois desta trágica rejeição, os portugueses já enterraram 1700 milhões de euros nesta empresa agora nacionalizada.
Passados 10 meses, a direita que a esquerda gosta volta a repetir os erros.
Propõem-se almoços grátis para toda a gente. É esta a direita que fala muito nas redes sociais e na comunicação social, mas que na prática no parlamento propõe o que a esquerda quer.
Parece que falta coragem aos nossos políticos para assumir a verdade das coisas. Receiam a perda de votos e essa é a desgraça do português.
Temos um parlamento cada vez mais colectivista e estatista. Como dizia Bastiat, “o estado é a grande ficção através da qual todos tentam viver às custas de todos” e este é um parlamento onde cada vez mais, infelizmente, predomina essa mentalidade.