FILHA DE EMIGRANTES TRANSMONTANOS DE FIRVIDAS É TÉCNICA SOCORRISTA EM CONNECTICUT

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

Lembra-se vividamente de, aos 7 anos, passar de carro com o pai em frente a uma estação de ambulâncias em Bridgeport. “Era um passeio que fazíamos até Fairfield para ir dar de comer aos cisnes num pequeno riacho que ali havia”, conta a técnica de primeiros socorros (EMT) Sandra Pinto Ring. “Ainda me lembro do noma da empresa, ‘Bridgeport Ambulance’. Eu virava-me para o meu pai e dizia-lhe, quando crescesse, que ainda haveria de trabalhar numa ambulância”.

Hoje é um dos profissionais luso-americanos na primeira linha do combate à COVID-19 no estado de Connecticut, integrada na ‘American Medical Response’, que faz chegar doentes ao Yale New Haven Health (Bridgeport Hospital) e a outras unidades médicas no condado de Fairfield.

Os pais de Sandra emigraram de Firvidas, Montalegre, para os EUA e a luso-descendente acabaria por nascer no Park City Hospital, em Bridgeport, onde também cresceu, frequentando o liceu ‘Notre Dame’. Aos 19 anos passou o exame de admissão a EMT e começou carreira com a ‘Stratford EMS’, uma empresa de ambulâncias local onde já fazia trabalho voluntário. Cinco anos depois transitaria para a firma onde ainda hoje se mantém, já aqui citada, a quem já deu 16 anos de serviço.

“A COVID foi, a princípio, e devo dizer que continua a ser, em minha opinião, uma situação muito assustadora”, reconhece Sandra. “Simultaneamente sabia que tinha de continuar a fazer o meu trabalho. Mantenho-me vigilante e recorro sempre ao meu equipamento de protecção individual”.

A técnica de primeiros socorros sabe que dias melhores estão no horizonte. Ou não soubesse que amanhã, 31 de Dezembro, o último dia do ano, apanha a primeira dose da vacina com o selo da Pfizer contra o novo coronavírus.