CORONAVÍRUS: Vacinas são eficazes contra novas variantes
A empresa de biotecnologia Moderna garantiu segunda-feira, em comunicado, que a sua vacina também parece funcionar contra as variantes ‘britânica’ e ‘sul-africana’ da covid-19 — significativamente mais contagiosas.
Os primeiros testes de laboratório sugerem que os anticorpos desencadeados pela vacina podem reconhecer e combater estas novas estirpes, avançou a BBC.
Esta é a segunda vacina contra a Covid-19 a mostrar uma provável eficácia contra as novas variantes, ainda que a empresa admita a necessidade de mais estudos.
Na semana passada, foi anunciado que a vacina da Pfizer-BioNTech parece proteger contra a mutação do novo coronavírus detectada no Reino Unido.
Antes disso, em testes preliminares, a mesma vacina foi considerada provavelmente eficaz contra uma mutação chave, chamada N501Y, encontrada em ambas as variantes.
Refira-se que todos os vírus sofrem mutações e o SARS-CoV-2, responsável pelo covid-19, não é excepção.
Essas mudanças genéticas acontecem à medida que o vírus faz novas cópias de si mesmo para se espalhar e prosperar.
A maioria é irrelevante, mas algumas podem torná-lo mais infeccioso ou ameaçador para o hospedeiro.
É o caso das variantes detectadas no Reino Unido e na África do Sul, que já provaram ser mais contagiosas.
Animais podem necessitar de vacinação
Entretanto, especialistas da Universidade de East Anglia, do Instituto Earlham e da Universidade do Minnesota, consideram que num futuro próximo poderá existir a necessidade de vacinar animais de estimação para conter a propagação do vírus.
Num editorial para a revista ‘Virulence’, citado pelo Mirror, os cientistas escreveram que a evolução contínua do vírus em animais seguida pela transmissão para humanos “representa um risco significativo de longo prazo para a saúde pública”.
“Não é impensável que a vacinação de algumas espécies de animais domesticados possa ser necessária para conter a disseminação da infecção”, dizem.
Um dos autores do editorial e professor de genética evolutiva, Cock van Oosterhout, afirmou que cães e gatos podem contrair o novo coronavírus, mas que não há casos conhecidos em que tenha ocorrido transmissão para humanos.
“Faz sentido desenvolver vacinas para animais de estimação, para animais domésticos, apenas como precaução para reduzir esse risco”, justificou.
“Curiosamente, os russos já começaram a desenvolver uma vacina para animais de estimação, sobre a qual há muito pouca informação”, acrescenta.