Eutanásia
Já sei que vou entrar numa acesa polémica, numa questão de que muitos concordam e outros discordam.
Eutanásia é a sobremesa dos partidos de esquerda que andam, desde há muitos anos mortinhos por fazer passar a lei na Assembleia da República. Os partidos do centro e da direita sempre disseram não. Agora com a geringonça tudo é mais fácil. Só há que fazer uns favorzinhos à Catarina Martins ou ao Sousa e pronto. A Lei foi aprovada. Não, não sou adepto da Eutanásia. Uma pessoa morre quando tem de morrer e os médicos cumprem a sua missão de tentar por todos os meios salvar uma vida. É a lei da vida. E a vida é coisa mais preciosa a que os humanos têm direito, sem terem o direito de mandar alguém acabar com ela. Um adepto da Eutanásia pode suicidar-se. É a mesma coisa e, o suicídio, creio ser o oposto do que qualquer partido está contra.
As histórias de pessoas às portas da morte e que se salvam, ou pela ciência ou por milagre, são muitas. O sofrimento, acredito que possa ser elevado, mas a força e resiliência que Deus deu aos mortais, muitas vezes sobrepõe-se à vontades políticas ou aos relatórios médicos. Não pode ser um partido, um homem, uma lei que decide a vida de outra pessoa, mesmo que esta aceite que lhe acabem com a vida.
Temos uma vida para viver. Até ao último sopro, as memórias existem, o coração sente, a alma está presente e só Deus tem o divino direito de a requisitar. Não é uma doença que os homens consideram terminal que pode acabar com uma vida.
Muitos já morreram e acabaram por acordar de uma morte momentânia. Porquê? Porque Deus quis. Acreditem que existe um destino, uma vida, e interrompê-la pela lei dos homens não me parece razoável.