FC PORTO: ‘Dragões’ empatam dérbi com final electrizante

FC Porto e Boavista empataram sábado, 2-2, em partida da 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que fez jus ao estatuto de ‘dérbi da cidade Invicta’, com uma ponta final ‘electrizante’.

Depois dos ‘axadrezados’ terem construído uma surpreendente vantagem de dois golos no primeiro tempo, com os tentos de Jackson Porozo (8) e Elis (45+1), o FC Porto ainda reagiu, no segundo tempo, por Taremi (54) e Sérgio Oliveira (82), de grande penalidade, mas desperdiçou, nos derradeiros minutos, uma outra grande penalidade e viu um golo anulado num dos últimos lances.

Com este empate, o terceiro consecutivo em jogos do campeonato, os ‘dragões’, que antes deste desafio tinham colocado tarjas com a palavras “Basta” espalhadas nas bancadas do estádio em protesto com as arbitragens, seguem no segundo lugar, agora com 41 pontos, a sete do líder Sporting, que só joga segunda-feira com o Paços de Ferreira.

Já o Boavista, conseguiu quebrar uma série de duas derrotas consecutivas, e ao somar agora 15 pontos deixou o último lugar da classificação, embora se mantenha ainda em zona de descida divisão, com o mesmo pecúlio que o Famalicão, que é o lanterna-vermelha.

Sérgio Conceição elogiou Boavista

No final do encontro, Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, afirmou: “Foi a primeira parte pior deste que sou treinador. E não há justificação para isso. Estávamos precavidos para as transições do adversário. E não se pode fazer uma primeira parte como a que fizemos. Não existimos como equipa. A nossa dinâmica com bola não existiu, a equipa esteve sem ideias. Quem escolhe o 11 inicial sou eu, mas deu para clarificar ideias em relação a alguns jogadores, no sentido em que não podemos jogar desta forma. Não basta entrar com a camisola do FC Porto. É preciso querer, é preciso ter determinação. Estes atributos nunca faltaram neste tempo que estou no FC Porto, mas hoje faltaram.”

“A segunda parte foi completamente aquilo que é o FC Porto. Estamos num momento que parece que tudo tem de cair para um lado e cai para o adversário. No primeiro golo do adversário o canto não existe. O Boavista fez um excelente jogo, criou situações para fazer mais um ou outro golo. Mas na segunda parte a história foi completamente diferente, mas já estávamos a perder 2-0. É um jogo para lembrar e para perceber quem pode ou não pode estar no FC Porto”, disse ainda.

E concluiu: “Outra situação importante. Tenho uma relação muito próxima com os meus jogadores. Muitos deles são relações para a vida. Nem sempre fácil. Não podem é dizer que eu no Jamor quando entrei em campo pedi penálti. Não pedi. Pedi a ambulância para o Nanu. Deixem a cartilha de parte, dispam a camisola. Os jogadores são os intervenientes mais importantes, não são os maus da fita.’