Estupidez sem limites
Esta semana, o Parlamento aprovou um voto de pesar pela morte do tenente- coronel Marcelino da Mata, Ascenso Simões (e outros dois deputados do PS) votaram contra, contrariando o sentido de voto indicado pela sua bancada. Um dia depois, num artigo publicado no jornal Público, um deputado do PS defendeu que “o país esquece rápido o seu passado” e que, nesse sentido, o Padrão dos Descobrimentos “devia ter sido destruído”. Mais: no 25 de Abril “devia ter havido sangue, devia ter havido mortos”.
Quanto ao Padrão dos Descobrimentos, mantém o que disse: da mesma forma que estátuas foram derrubadas e que a ponte Salazar mudou de nome para ponte 25 de Abril, também o Padrão devia ser destruído enquanto “monumento do regime ditatorial” que é.
Este deputado pergunta: “Porque é que não derrubamos aquele que é um dos grandes monumentos do regime ditatorial”, diz afirmando que as revoluções servem para “fazer cortes” e que, nesse sentido, o 25 de Abril não “fez os cortes suficientes para limpar da nossa memória elementos que são danosos da construção de uma democracia plena”.
O deputado do PS só pode ser burro, porque não aprendeu história, porque não sabe o que é patriotismo, porque se quer evidenciar através da estupidez, porque não tem alma-pátria, porque precisa de um exame mental de avaliação no Júlio de Matos. O tal deputado, cujo nome não digo para não lhe dar publicidade, diz que não existiu império nenhum. Esse império foi apenas uma construção do salazarismo e, mantendo de pé monumentos como o Padrão dos Descobrimentos, faz com que essa construção permaneça viva. E é isto um deputado.