BLUE ORIGIN: Viagens ao espaço vão começar a vender-se
Ainda não foram revelados preços ou previsões para os voos, mas a empresa de Jeff Bezos fez um ‘teasing’ com os detalhes marcados para a próxima semana, dia 5 de Maio.
Em meados de Abril, a Blue Origin realizou o seu 15º voo de teste do New Shepard, o foguetão de transporte de astronautas para a órbita do planeta, e aquele que em breve vai ser utilizado para levar turistas ao espaço.
O último teste não tripulado foi muito importante, porque demonstrou a capacidade de recuperação do módulo, para reutilização posterior, à semelhante do Falcon 9 da SpaceX.
O certo é que a empresa de Jeff Bezos está a preparar-se para os primeiros ensaios tripulados.
E tal é a certeza do seu sucesso, que a Blue Origin não quer esperar mais para começar a vender bilhetes para viagens espaciais e lançou ontem um ‘teasing’ onde promete todos os detalhes para o próximo dia 5 de Maio.
“It’s Time”, salienta a mensagem da empresa, convidando os interessados em registar-se no website oficial para saber como adquirir o primeiro lugar no New Shepard.
O vídeo promocional salienta a excitação do próprio Jeff Bezos, a chegar ao local onde aterrou a cápsula de tripulantes no deserto projectada pelo NS-15 no último teste.
Recordando a última missão do New Shepard, este foi composto por diferentes fases, desde a simulação da tripulação a entrar na cabine antes do lançamento; o lançamento e aterragem do foguetão e recuperação da cápsula; seguindo-se outra simulação da tripulação a sair da cápsula no deserto.
O teste dos cintos de segurança, as interacções nas comunicações através do intercomunicador da cápsula, tudo foi testado com rigor.
Por isso, tudo leva a crer que o próximo teste será mesmo tripulado.
A sua rival SpaceX, do magnata Elon Musk, está com alguma vantagem, pois já realizou dois testes bem-sucedidos tripulados, o segundo bem recentemente.
Essa confiança levou mesmo a NASA a escolher a empresa para a missão Artemis para construir o ‘lander’ lunar, que visa o regresso do Homem à Lua.
A Blue Origin já contestou a decisão, considerando que a escolha impede a concorrência entre as empresas.