LUSO-AMERICANO DE CONNECTICUT CONQUISTOU DOIS TROFÉUS EM COMPETIÇÃO DE FISICULTURISMO

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

No passado dia 24 de Julho, o fisiculturista Tyler Gomes, de 20 anos, competiu pela primeira vez num evento da NPC (National Physique Committee), a principal entidade amadora de fisiculturismo do mundo. O luso-descendente integrou o NPC Connecticut Grand Prix, que decorreu em East Haven, no escalão júnior (dos 18 aos 23 anos), de onde trouxe o 5.º lugar na categoria ‘Men’s Physique True Novice’ e a mesma classificação em ‘Men’s Physique Open Class B’.

“É a primeira vez que entro numa competição a este nível e estou satisfeito com os resultados obtidos”, diz Tyler Gomes, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. “O meu objectivo é mesmo chegar a profissional.”

A NPC foi criada em 1982 e reúne os atletas de topo que se preparam para dar o salto para a vida profissional; Gomes espera chegar em breve à IFBB Professional League e aí fazer carreira.

“Quando entrei para o liceu queria jogar futebol americano e disseram-me de imediato que tinha de ir para o ginásio”, conta Tyler, que nasceu em New Britain e vive em Wethersfield, onde também fez a escola secundária. “Quando comecei a fazer musculação, descobri na verdade que era nessa área que queria estar e desisti do ‘football’.”

O fisiculturista é filho dos emigrantes António e Célia Gomes, naturais de Celorico da Beira e Caldas da Rainha, respectivamente, e começou a competir “mais a sério desde o ano passado”, afirma. “Estou a meio caminho do meu grande objectivo, que é chegar a profissional e poder angariar patrocínios e atrair marcas de produtos que queiram investir na minha imagem.”

Tyler Gomes já se prepara para a próxima competição NPC, a decorrer no estado de Vermont em duas semanas.

Para ganhar peso e desenvolver músculos, o luso-americano passa por uma dieta rigorosa de 6 mil calorias diárias e prepara-se fisicamente com um treinador profissional em Wallingford – com três sessões diárias no ginásio os 7 dias da semana…

Gomes diz que teve uma infância e adolescência “tipicamente luso-americanas”, com idas de férias a Portugal, a frequentar o clube português e a ouvir falar o idioma dos pais e avós.

O fisiculturista que tem como exemplo, revela, é o canadiano Chris Bumstead, Mister Olympia Classic Physique 2019 e 2020.