Fátima. Arcebispo do Luxemburgo agradece aos emigrantes “a riqueza económica e cultural”

“Caros emigrantes, caros refugiados, com as vossas mãos, trabalho, suor do rosto, inteligência, sacrifício das vossas famílias, tendes ajudado a construir a riqueza económica e cultural dos países que, por esse mundo fora, vos acolhem”, disse ontem de manhã em Fátima o cardeal Jean-Claude Cardinal Hollerich, arcebispo do Luxemburgo, que presidiu à peregrinaçã internacional aniversária. Perante uma plateia na ordem dos 13 mil fieis (90% da lotação estipulada pela DGS), o cardeal dirigiu-se particularmente às muitas famílias portuguesas e lusófonas que vivem na arquidiocese do Luxemburgo.

“As comunidades portuguesas são um sinal de esperança para a Igreja de Cristo que peregrina no GrãoDucado do Luxemburgo”, considerou. “Gosto muito de ouvir dizer sobre mim: o senhor é o «nosso bispo»! E de facto, sendo bispo de todos, sou também bispo dos portugueses e de outros migrantes que compõem 48% da população do meu país. Somos um laboratório de comunhão e inter-culturalidade”, afirmou o arcebispo.

Depois dirigiu-se especialmente aos emigrantes e refugiados: “eu digo-vos «bem-haja», «muito obrigado» pelo vosso serviço ao bem-comum da sociedade e da igreja”, num tempo em que lhe parece que a Europa “vive longe de Deus, esqueceu-o! Com o vosso espírito de serviço, com a vossa fé e vossa religiosidade procurai continuar a ajudar os países que vos acolhem para viver, a não perderem a esperança”, afirmou o arcebispo.

Na homilia ao lado de 47 sacerdotes, cinco bispos, e do cardeal António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, Jean-Claude Hollerich exultou os peregrinos de Fátima a seguirem o exemplo de Maria. “Temos a feliz oportunidade de, agora e aqui – neste lugar sagrado – reencontrar Jesus na Palavra de Deus, nesta solene Eucaristia e na Sagrada comunhão”.