New Jersey expande a cobertura dos cuidados de saúde a 90.000 crianças, incluindo as indocumentadas

A Universidade de Rutgers está a trabalhar em parceria com o Estado de New Jersey para implementar uma nova lei que vai providenciar a cobertura universal de cuidados de saúde para 90.000 crianças em New Jersey, incluindo as indocumentadas.

O estado de New Jersey é o sétimo a nível nacional a implementar a cobertura universal de seguros de saúde para crianças, com a assinatura de um projecto de lei pelo Governador Phil Murphy no mês passado.

A lei em análise pelo Centro de Estado para as Políticas de Saúde no Instituto de Saúde de Rutgers, Política de Cuidados de Saúde e Pesquisa sobre Envelhecimento expande a acesso das crianças ao New Jersey Medicaid, também conhecido por NJ FamilyCare Program.

O Director deste centro, Joel C. Cantor, Professor da Universidade e defensor das políticas de saúde em New Jersey explica o que se pode esperar desta lei e porque ela é tão importante.

O que esta lei faz?

A lei elimina o período de espera de 90 dias que algumas crianças tinham de esperar para aceder ao NJ FamilyCare e acaba igualmente com o uso de premiums para famílias que fazem menos de 350% do nível federal de pobreza ou menos que $6.400 mensal para uma família de 3 pessoas; estes continuam a ser aplicados para as famílias com altos rendimentos.

Isto leva a que uma grande barreira seja ultrapassada pelas famílias com meios limitados quando se refere a registrar os seus filhos para cobertura médica. Por outro lado, isto permite que as famílias que ganhem mais de 350% do nível federal de pobreza possam comprar este seguro estadual para seus filhos a preço de custo.

Esta lei é um grande investimento no bem-estar das crianças de New Jersey ao remover as barreiras para a inscrição no NJ FamilyCare, ao mesmo tempo que cria um cami- nho para aqueles que não são elegíveis de acordo com as leis federais pelo seu estatuto de emigrante.

Quais os resultados que o Centro encontrou?

O Centro descreve a situação das crianças não seguradas, no sentido de informar sobre as estratégias e políticas para que estas possam ter a cobertura. Descobriram que antes da pandemia cerca de 4% – 88.305 crianças em New Jersey não tinham qualquer seguro de saúde. Desta percentagem, cerca de 44% são hispânicos e 15% negros, não hispânicos. Cerca de três quartos das crianças sem seguros são cidadãs americanas, sendo que pelo menos 21% destes têm um progenitor não é cidadão deste país.

Descobriram ainda que 78% das crianças têm um nível de rendimento familiar que as torne elegíveis para o NJ FamilyCare. Crianças, cujos rendimentos das famílias e outros critérios de elegibilidade estejam de acordo com as regras podem ter acesso aos cuidados de saúde sem custos para as famílias.

Que se segue?

O desafio agora é conceber uma campanha de sensibilização eficaz para esta política pública, inscrição e iniciativas de retenção e aquisição para a NJ FamilyCare e NJ FamilyCare Advantage. O centro vai ajudar na elabo- ração das estratégias de aplicação.

O público foi identificado e agora é hora de trabalhar para atingir estas famílias, sensibilizá-las sobre esta oportunidade ou convencê-las se necessário.

Foi descoberto ainda, que 63% das crianças sem seguros vivem em agregados familiares onde falam outra língua que não o inglês, o que é importante para a campanha de sensibilização.