FUTSAL: Portugal vence Argentina e sagra-se campeão mundial

A selecção de futsal escreveu, domingo, a página mais bonita da história portuguesa na modalidade, ao conquistar pela primeira vez o Mundial, com uma vitória memorável por 2-1, perante a agora ex-detentora do título Argentina.

Pany Varela foi o maior responsável pelo inédito título que a equipa das ‘quinas’ junta ao Europeu conquistado em 2018, na Eslovénia, ao apontar os dois golos do triunfo, aos 15 e 28 minutos, tendo a Argentina reduzido, também aos 28, por Ángel Claudino.

Portugal entra na lista restrita de países campeões do mundo de futsal, que continha apenas o Brasil, vencedor em cinco ocasiões, Espanha, detentora de dois títulos, e Argentina, que ganhou a última edição, em 2016, na Colômbia. 

A melhor prestação de sempre dos lusos, até agora, tinha sido o terceiro lugar obtido em 2000, na Guatemala.

Ricardinho eleito o melhor jogador

Por sua vez, Ricardinho foi distinguido como o melhor jogador do Mundial.

O capitão português foi distinguido como o ‘MVP’ (Jogador Mais Valioso) do Mundial, à frente do compatriota Pany Varela, autor dos dois golos de Portugal na final, enquanto Douglas Júnior, do Cazaquistão, ficou em terceiro.

Ricardinho, de 36 anos, foi igualmente considerado o melhor nos Europeus de 2007 e 2018, e na carreira foi distinguido seis vezes como o melhor jogador de futsal do mundo, em 2010, 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018.

O melhor marcador do Mundial de 2021 foi o brasileiro Ferrão, como nove golos, seguido de Pany Varela, segundo ‘artilheiro’ da prova, com oito.

Nos restantes prémios, a selecção cazaque, que Portugal afastou nas meias-finais (2-2 após prolongamento e 4-3 no desempate por grandes penalidades), recebeu o prémio de ‘fair-play’, e Sarmiento, da Argentina, foi eleito o melhor guarda-redes.

Brasil terceiro

Por último, a selecção do Brasil conquistou o terceiro lugar, ao vencer por 4-2 o Cazaquistão, quarto colocado no torneio.

Na primeira parte, apenas o Cazaquistão conseguiu marcar, aos 12 minutos, num autogolo do guarda-redes sportinguista Guitta, que acabou por introduzir no fundo da baliza uma bola proveniente de um remate meio atabalhoado do cazaque Albert Akbalikov.