FC PORTO, 3 — BENFICA, 1: Primeira parte decisiva para vitória dos ‘dragões’

O FC Porto venceu ontem o ‘clássico’ frente ao Benfica 3-1, na 16.ª jornada da I liga de futebol, repetindo o êxito de há uma semana, para a Taça de Portugal, ao alicerçar o triunfo na primeira parte.

Os golos de Fábio Vieira, aos 34 minutos, e Pepê, aos 37, embalaram a vantagem dos ‘azuis e brancos’ e, embora as ‘águias’ ainda tenham reduzido no arranque da segunda metade, por Yaremchuk (47), sofreram um terceiro golo, por Taremi (69), numa altura em que jogavam em inferioridade numérica, por expulsão de André Almeida.

Com este resultado, o FC Porto volta a igualar o Sporting na liderança do campeonato, tendo ambos 44 pontos, enquanto o Benfica, que estreou o novo técnico Nélson Veríssimo, mantém o terceiro posto, mas agora a sete pontos dos dois rivais pelo título.

Em relação ao duelo entre ambos, há uma semana, para a Taça de Portugal, a equipa lisboeta foi a que mais alterações fez no ‘onze’, com o novo treinador a mudar cinco peças, com as entradas de Vlachodimos, Morato, Everton, Gonçalo Ramos e Yaremchuk, e mudando também o esquema táctico, abandonado o esquema de três centrais, utilizado por Jorge Jesus, para apostar num ‘4x4x2’.

Do outro lado, e já com o técnico Sérgio Conceição no banco de suplentes, os ‘dragões’ surgiram com três alterações na equipa, com Diogo Costa a assumir a baliza, e Pepê e Fábio Vieira a surgirem na linha ofensiva, numa aposta que se viria revelar a certeira.

Ainda assim, ao contrário do duelo da Taça, este embate começou com uma toada de equilíbrio e, embora os ‘azuis e brancos’ tenham demonstrado, desde cedo, maior vocação ofensiva, não tiveram uma entrada tão demolidora como no embate prévio.

Para isso também contribuiu uma entrada mais consistente do Benfica, que foi controlando as investidas do adversário, para depois tentar explorar o contra-ataque.

SÉRGIO CONCEIÇÃO: ‘Criou-se uma expectativa muito grande ao longo da semana’

Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, afirmou no final da partida: “Regresso ao banco, mas a equipa técnica trabalha sempre em conjunto. Tenho pessoas competentes para lidarem com o jogo, como foi o caso do Vítor Bruno nos últimos jogos. Somos um e trabalhamos em conjunto, há muitos anos.”

“Estava criado um ambiente, durante a semana, que não era fácil. Trabalhar em cima de um jogo de grandíssima qualidade, como foi na Taça de Portugal, e preparar este dentro do que eram os muitos pontos de interrogação sobre o adversário. Normalmente, quando sai um treinador, os jogadores unem-se, criam um ambiente onde tentam virar aquilo que é o momento negativo, trabalhar os pormenores do jogo não era fácil pensando no que era a outra equipa, não sabíamos o que o Veríssimo ia fazer. Se continuava com a mesma estrutura que o Benfica tem apresentado ou mudaria”, prosseguiu.

“Era um jogo difícil, porque também vi muito entusiasmo, também dos adeptos, criou-se uma expectativa muito grande, sobretudo quanto ao momento negativo do Benfica. As equipas vêm cá para cima para patamares importantes na dedicação ao jogo”, disse ainda.

NELSON VERÍSSIMO: Expulsão acabou por ser um revés na estratégia para o jogo

O treinador do Benfica, Nelson Veríssimo, disse no final do jogo: “Fizemos dois treinos com a equipa, e os jogadores com muita entrega, vontade, compromisso, na preparação deste jogo. Sobre o jogo em si, entrámos muito bem no jogo, a dominar o jogo, os primeiros 30 minutos muito bons. Criámos situações de perigo perto da baliza contrária, inclusivamente a criar uma grande oportunidade. Na sequência desse lance do Yaremchuk, sofremos dois golos de forma consecutiva. A equipa abanou um pouco, mas ainda assim aguentou algum ímpeto do FC Porto.”

“Ao intervalo, pedimos para manter o equilíbrio emocional, manter os posicionamentos ofensivos, e lançámos o desafio de marcar nos primeiros 10 minutos. Conseguiram, com todo o mérito, e depois logo a seguir acontece a expulsão. Acabou por ser um revés na estratégia para o jogo, mas ainda assim temos de reconhecer que com menos um a equipa conseguiu estar ligada ao jogo, criar mais uma oportunidade, do Gonçalo Ramos, que empataria, e depois fizeram o 3-1, quando a equipa acusava algum desgaste”, disse ainda.