Marcelo pede para apurar verdade sobre refugiados

O Presidente da República apelou a que se apure a verdade no que se refere ao acolhimento de refugiados ucranianos por cidadãos russos em Portugal, afirmando que os portugueses “gostarão de saber aquilo que se passou”.

O chefe de Estado disse que defendeu, “desde a primeira hora, que devia ser tudo investigado” no que se refere ao acolhimento de refugiados ucranianos, de forma a perceber se o acolhimento por cidadãos russos se passou “com um município, com vários municípios, com uma associação, com várias associações, com uma pessoa, com várias pessoas”.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que há órgãos políticos e judiciais “para poderem acompanhar e para apurar a verdade” sobre a matéria, salientando que, “no âmbito das suas competências, o deverão fazer”.

Igor Khashin – o homem por detrás da polémica na Câmara de Setúbal que teve acesso a informações de ucranianos em Portugal

Interrogado se já houve alguma avaliação que indique que situações como a da câmara de Setúbal, onde refugiados ucranianos foram acolhidos por cidadãos russos também tiveram lugar noutras autarquias, o Presidente sublinhou que acha que “é esse o apuramento que é preciso fazer”.

Quanto a eventuais responsabilidades políticas sobre o caso, Marcelo considerou que, primeiro, é preciso “apurar o que se passou”, uma vez que todos os dias se descobrem “novas realidades dentro da realidade, e depois formular um juízo sobre aquilo que se apurou”.

Foi notícia pública no passado dia 29 de Abril que refugiados ucranianos foram recebidos na Câmara de Setúbal por russos simpatizantes do regime de Vladimir Putin e que responsáveis pela Linha de Apoio aos Refugiados estão a fotocopiar documentos dos refugiados, entre os quais passaportes e certidões das crianças.