MARCO GONÇALVES: Pai de suspeito de matar adepto constituído arguido
O pai do suspeito de matar um adepto do FC Porto durante os festejos do título de campeão nacional foi, segunda-feira, constituído arguido por agressões à vítima, revelou uma fonte policial.
Segundo a mesma fonte, Marco Gonçalves (conhecido por Marco ‘Orelhas’) apresentou-se na Polícia Judiciária (PJ) do Porto, foi constituído arguido por ofensa à integridade física e saiu em liberdade, acrescentando que podem vir a ser constituídos outros arguidos no processo, pelas agressões a Igor Gonçalves, de 26 anos, cometidas antes do homicídio.
À saída da PJ, em declarações aos jornalistas, a advogada Poliana Rodrigues confirmou que o seu constituinte foi constituído arguido, estando “à disposição” do Ministério Público, caso este pretenda mais esclarecimentos.
Questionada sobre as razões que levaram o seu cliente a apresentar-se voluntariamente na PJ, a advogada afirmou que se deveu “ao alarido” da comunicação social.
“No fundo tem muito a ver com a comunicação social e com todo o alarido que tem sido feito à volta disto. É verdade que o senhor Marco nunca tinha sido notificado pelas entidades para comparecer e, portanto, resolveu fazê-lo de forma voluntária. Apresentar-se e, portanto, ver o que é que as autoridades pretendiam dele, e assim foi”, explicou Poliana Rodrigues.
Renato Gonçalves, de 19 anos, filho de Marco ‘Orelhas’, empregado de limpeza e sem antecedentes criminais, está em prisão preventiva desde 10 de Maio, dia em que foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, que determinou a aplicação da medida de coação mais gravosa, indiciado por homicídio qualificado.
Nesse dia, à saída do TIC do Porto, em declarações aos jornalistas, Poliana Rodrigues, que também é advogada deste arguido, confirmou a aplicação da medida de coação de prisão preventiva, sublinhando que o seu constituinte “prestou declarações e contou a sua versão dos factos”.
A morte de Igor Silva, de 26 anos, durante festejos do título de campeão nacional do FC Porto, na madrugada de 8 de Maio (domingo), junto ao estádio do Dragão, deveu-se a “questões pessoais” entre a vítima e o agressor, adiantou fonte policial.
Fonte ligada à investigação explicou que “em causa esteve uma questão pessoal, desavenças, entre a vítima, a família do arguido e o próprio arguido”.
A mesma fonte esclareceu que o episódio “não se tratou de disputa de territórios, nem de guerras entre ‘gangues’”.